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O Exército de Israel anunciou nesta terça-feira (17/6) a morte do general Ali Shadmani, descrito como o principal comandante militar do Irã e braço-direito do líder supremo ayatolá Ali Khamenei, em um bombardeio a um centro de comando em Teerã.

Segundo comunicado israelense, a Força Aérea aproveitou uma “oportunidade repentina à noite” para atacar o local e “eliminar Shadmani, chefe do Estado-Maior em tempos de guerra, comandante militar de mais alta patente e a figura mais próxima de Khamenei”.

Contexto da guerra direta entre Israel e Irã

  • O conflito se intensifica desde sexta-feira (12/6), com Israel lançando ataques aéreos contra instalações nucleares e militares iranianas, alegando impedir o avanço ao armamento nuclear.

  • Em retaliação, o Irã respondeu com barragens de mísseis e drones em direção a Tel Aviv e Jerusalém .

  • As hostilidades se estendem agora ao quinto dia, com novas explosões e alerta de ataques em solo israelense .

Reações internacionais e G7

O G7, reunido em cúpula no Canadá, emitiu uma nota válida e sancionada reforçando o direito de Israel à autodefesa, enquanto responsabiliza o Irã por “ser a fonte principal de instabilidade na região” e defende a desescalada do conflito, incluindo um cessar-fogo em Gaza.

Já o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou o encontro antes do fim e exigiu que todos evacuem Teerã imediatamente, sinalizando uma postura firme dos EUA frente à escalada.

Novo golpe à liderança militar iraniana

A eliminação de Shadmani ocorrerá quatro dias após a morte do seu antecessor, Gholam Ali Rashid, também por ataque israelense em Teerã. Esse movimento ocorre no âmbito de uma estratégia de ataque à cúpula militar iraniana, com foco em interromper a cadeia de comando e seus planos ofensivos, especialmente quanto ao avanço nuclear.

 Impacto geopolítico

  • As mortes desses generais afetam profundamente a coordenação estratégica das forças iranianas, especialmente na Guarda Revolucionária e nas operações conjuntas com o Exército.

  • A comunidade internacional monitora atentamente o conflito, já que ele pode desencadear uma guerra regional com consequências severas para a segurança e os mercados de energia .

  • A tensão também freou as negociações EUA-Irã sobre un possível novo acordo nuclear, propostas recentemente retomadas.

Próximos passos

  • O Irã prometeu prosseguir com os ataques — a Guarda Revolucionária anunciou uma nova “salva combinada de drones e mísseis” contra Israel .

  • Nesse cenário, a segurança civil em Teerã se deteriora: o Grande Bazar e comércios mantêm-se fechados, enquanto civis tentam deixar a capital .

  • Já o G7 mantém apelo por retomar a diplomacia e frear a escalada de violência

Com informações de IstoÉ

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