Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 19, destaca que cerca de 62% dos indígenas no Amazonas moram em cidades, conforme o Censo realizado em 2022, pelo órgão.
A maior concentração está em Manaus, com um total de 69.747 indígenas, seguida por Tabatinga e São Paulo de Olivença (ver abaixo).
Já em áreas rurais, destacaram-se São Gabriel da Cachoeira, com 24.91, Maués com 8.092, Tabatinga, 8.406, São Paulo de Olivença, 8.354 e Santo Antônio do Içá, como 5.019.
Segundo o IBGE, a população indígena total, em 2022, foi de 490.935 pessoas, sendo que 62,3% vive em áreas urbanas (305.866) e 37,7% em áreas rurais (185.069).
Já em relação ao número de indígenas que moram em terras indígenas, esses são 149.080 (30,4% do total indígena). Desses, 22,2% vivem em áreas urbanas (33.070), enquanto a maioria (77,8%) permanece em áreas rurais (116.010).
Fora de terras indígenas, o IBGE aponta que a população é majoritariamente urbana, com 341.855 indivíduos (69,6% do total indígena).
Segundo o IBGE, os dados refletem um contraste entre a urbanização fora de terras indígenas e a forte ruralidade dentro delas, reforçando a importância dos territórios indígenas na preservação de modos de vida tradicionais.
Os cinco municípios com maior população indígena
Manaus: 69.747 indígenas;
Tabatinga: 26.091 indígenas;
São Paulo de Olivença: 18.265 indígenas;
Tefé: 15.544 indígenas;
Santo Antônio do Içá: 13.863 indígenas
Manaus tem a maior concentração indígena do AM
A pesquisa também apontou que Manaus é a cidade com o maior número de indígenas no Amazonas. Segundo o Censo, são 71.691 indígenas que, segundo o órgão “demonstra o impacto da urbanização e da migração em busca de oportunidades”.
São Gabriel da Cachoeira, com 48.256 indígenas, destaca-se como um dos principais polos culturais e tradicionais indígenas;
Tabatinga, com 34.497, representando a influência das comunidades indígenas na região de tríplice fronteira;
São Paulo de Olivença (26.619) e Autazes (20.447) evidenciam a relevância indígena em áreas mais interioranas.
Tefé (20.394), Santo Antônio do Içá (18.882), Benjamin Constant (17.811), Barcelos (14.178) e Santa Isabel do Rio Negro (13.622) completam a lista, mostrando a ampla presença indígena nas regiões do médio e alto Rio Negro e do Solimões, que preservam tradições e enfrentam desafios em infraestrutura e serviços públicos, como saúde e educação.