A cidade de Manaus amanheceu sob uma densa camada de fumaça, resultante de queimadas que ocorrem no sul do estado do Amazonas. De acordo com o monitoramento do Índice Mundial de Qualidade do Ar (AQICN), a qualidade do ar foi classificada como “insalubre” e “não saudável para grupos sensíveis”, gerando preocupações em relação à saúde pública.
Segundo informações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), através do Comitê do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas (PPCDQ-AM), o fenômeno que encobre a capital e outras regiões do interior do Estado é diretamente atribuído às queimadas na região sul do Amazonas, uma prática que se intensifica durante a temporada seca.
O AQICN alerta que “todos podem começar a sentir efeitos na saúde”, especialmente aqueles que pertencem a grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias, que podem sofrer consequências mais graves. O índice de qualidade do ar em Manaus atingiu 171 PM2.5, classificando a situação como insalubre.
Dados do aplicativo Selva, especializado no monitoramento ambiental, mostram que às 8h11 da manhã, vários bairros e municípios do Amazonas registravam níveis de qualidade do ar que variavam de “ruim” a “péssimo”. Em Manaus, o índice PM2.5 foi de 12.4 µg/m³, considerado “muito ruim”, enquanto em Humaitá, a 590 km da capital, o índice chegou a 219.2 PM2.5 µg/m³, categorizando a qualidade do ar como “péssima”.
A poluição está relacionada à elevada concentração de PM2.5, material particulado composto por partículas finas de poeira com diâmetro de 2,5 microns ou menos. Essas partículas são pequenas o suficiente para penetrar na região torácica do sistema respiratório, representando um risco significativo para a saúde respiratória da população.
A situação evidencia a urgência em intensificar as ações de prevenção e combate às queimadas na região, buscando minimizar os impactos negativos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.
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