Reprodução/Redes Sociais

O influenciador digital conhecido como MauMau ZK postou um vídeo gravado dentro da cela neste sábado (9), no Instagram. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em São Paulo, durante uma operação contra a divulgação do jogo do tigrinho. 

MauMau inicia o registro ao dizer que fará uma oração com os “amigos de cela”. Em seguida, o influenciador agradece ao advogado e a Deus ao saber que a Justiça teria concedido liberdade provisória a ele.

‘Tô’ indo embora. Vou aqui tomar minha ‘duchinha’, esperar o alvará e tchau (gesto com as mãos). Porque um homem de Deus não vai ficar preso. Eu não sou ladrão, eu não sou bandido. MauMau é do povo, MauMau é Brasil. ‘Vambora’.

Influenciador Maurício Martins Junior, conhecido como MauMau ZK

Após duas horas do vídeo nas redes, mais de cem mil likes e diversos comentários de famosos, o post foi apagado do Instagram.

MauMau teve a liberdade provisória concedida nesta sexta-feira (8). O Tribunal de Justiça de São Paulo, também determinou que ele deverá pagar uma fiança no valor de mais de R$ 151 mil.

Além da multa, o influenciador deverá cumprir as seguintes medidas cautelares: comparecimento bimestral na vara em que reside para informar e justificar suas atividades; proibição de ausentar da comarca por mais de 10 dias sem prévia autorização do Juízo; e comparecimento a todos os atos do processo para os quais for intimado.

Entenda o caso de MauMau

A prisão de MauMau ocorreu na tarde de quinta-feira (7), quando foi detido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por porte ilegal de arma de uso restrito — uma pistola calibre 38 com numeração raspada.

MauMau é um dos principais alvos da ação, que apura a atuação de uma organização criminosa envolvida na promoção de jogos ilegais, fraudes e lavagem de dinheiro.

De acordo com o delegado Renan Mello, da (DCOC-LD) Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em dois endereços na capital paulista e cinco em Minas Gerais.

As investigações identificaram que influenciadores digitais vinham promovendo jogos como o “Tigrinho” e outras plataformas semelhantes, consideradas ilegais no Brasil. Segundo os agentes, os investigados usavam as redes sociais para atrair seguidores com promessas de lucros fáceis, em publicações que aparentavam ser ações publicitárias.

Em uma nota publicada nas redes sociais, a defesa de MauMau afirmou que ele colaborava com as autoridades competentes para a resolução da situação.

“Neste momento, todas as medidas legais estão sendo tomadas e a equipe jurídica está acompanhando o caso de perto. Reforçamos nosso compromisso com a transparência e responsabilidade, e pedimos compreensão até que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos”, completa a nota.

Além de MauMau, a operação mirou outros 14 alvos, sendo um coptador. A Polícia Civil aponta que a organização criminosa tinha divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. Relatórios do COAF indicam que o grupo movimentou mais de R$ 4 bilhões de forma suspeita.

Durante as apurações, também foram encontradas evidências de enriquecimento incompatível com os rendimentos declarados pelos investigados, que ostentavam vida de luxo em redes sociais. Apesar dos registros formais em delegacias, a atividade seguia sendo exibida de forma aberta.

Com informações de CNN Brasil.

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