Apesar do alerta emitido pelo governo brasileiro desde 2024, que desaconselha viagens a países do Oriente Médio devido à escalada de conflitos armados, prefeitos de diversas cidades brasileiras estão em Israel participando de um evento internacional em Tel Aviv, justamente em um dos momentos de maior tensão na região. Entre eles está o prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena.
O encontro reúne autoridades de nações de língua portuguesa e ocorre em meio à intensificação do confronto entre Israel e Irã, após bombardeios realizados por Israel nesta quinta-feira (12/6) contra instalações que seriam, segundo o governo israelense, ligadas ao programa nuclear iraniano. O ataque foi classificado como “preventivo” pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), e levou o país a decretar estado de emergência e a fechar seu espaço aéreo.
Brasileiros sob risco
Além de Cícero Lucena, estão em Israel representantes de seis estados brasileiros e do Distrito Federal, entre eles os prefeitos de Nova Friburgo (RJ), Johnny Maycon, e de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião. Na noite de quinta-feira, as autoridades precisaram buscar abrigo em instalações antiaéreas diante da possibilidade de retaliação do Irã e do aumento da tensão militar.
O Ministério das Relações Exteriores reforçou a recomendação de que viagens a regiões como Israel, Irã, Líbano, Síria, Jordânia, Egito, Palestina e Iraque devem ser evitadas. Além disso, orienta medidas de precaução para os brasileiros que já estão no local.
Orientações do governo brasileiro:
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Acompanhar atualizações nos canais oficiais das embaixadas brasileiras;
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Seguir instruções das autoridades locais de segurança;
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Evitar aglomerações e protestos;
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Monitorar a mídia local e a evolução dos conflitos;
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Não sair de casa ou hotel sem garantia mínima de segurança;
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Verificar situação de voos e, em caso de cancelamentos, buscar reacomodação com as companhias aéreas;
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Certificar-se de que os documentos de viagem estão válidos por, no mínimo, seis meses.
Risco de escalada
A ofensiva israelense contra alvos iranianos colocou o mundo em estado de alerta para uma possível escalada militar de grandes proporções, que pode envolver aliados estratégicos dos dois países e ampliar o conflito regional. O cenário é considerado especialmente sensível pela comunidade internacional, diante dos riscos de represálias e instabilidade política.
Com informações de Metrópoles
