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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta segunda-feira (16), quatro integrantes de uma organização criminosa ligada ao Comando Vermelho, atuante no tráfico de drogas na Comunidade dos Tabajaras, em Copacabana e Botafogo, na zona sul da capital, pela morte do policial civil da Core, João Pedro Marquini, assassinado em 30 de março deste ano.

Ao todo, 27 integrantes da organização criminosa foram indiciados por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa e homicídios. Entre eles, Walace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca foram denunciados diretamente pelo latrocínio do agente da Core, além da tentativa de latrocínio contra sua esposa, a juíza Tula Corrêa de Mello.

Marquini foi morto na Serra da Grota Funda, em Vargem Grande, após ser abordado e executado com fuzis enquanto dirigia. A juíza Tulla Mello seguia em outro veículo e presenciou o crime.

As investigações revelam que o grupo operava com estrutura organizada, funções bem definidas e uso de armamento pesado, incluindo fuzis calibre 5.56 e explosivos. O controle territorial era exercido mesmo em áreas residenciais, próximas a creches, hospitais e espaços públicos, expondo moradores ao risco constante.

Entre os denunciados estão traficantes responsáveis pela contabilidade, segurança armada, logística e entrega de drogas. Parte do grupo também realizava ataques a territórios controlados por milicianos na zona oeste.

Na manhã de segunda-feira (16), uma operação da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Core, foi deflagrada nos Tabajaras para cumprir os 22 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Seis suspeitos foram presos e um foi morto em uma troca de tiros, segundo a corporação.

Essa foi a segunda grande ofensiva na comunidade neste ano, com o objetivo de desarticular o braço armado do Comando Vermelho na região.

Em abril, uma outra operação para capturar os assassinos do policial resultou na morte de cinco suspeitos, entre eles Vinícius Kleber di Carlontonio Martins, conhecido como “Cheio de Ódio”, apontado como chefe do tráfico na comunidade. Ele tinha 30 passagens pela polícia.

Com informações de CNN Brasil.

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