
Uma mulher identificada como Simone Castro confessou ter matado o companheiro, Ronaldo Moraes Correia, de 31 anos, na manhã deste sábado (4), no município de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus. O crime ocorreu durante uma briga, e a suspeita alegou ter agido em legítima defesa, após anos de agressões físicas e psicológicas.
“A vida dele era me bater. Cansei de apanhar na rua, ficava com a cara toda quebrada. Eu agi em legítima defesa”, afirmou Simone em áudios enviados logo após o crime, nos quais também assumiu a autoria do homicídio e negou que seu filho tivesse qualquer envolvimento.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi ferida durante uma discussão e chegou a ser socorrida por vizinhos até o Hospital Geral de Manacapuru (HGM), mas não resistiu aos ferimentos. Após o ataque, Simone fugiu do local e enviou mensagens de voz a conhecidos relatando o que havia acontecido.
Nos áudios, a mulher afirmou:
“Não foi meu filho, foi eu que matei ele. Eu sei que vou pagar, mas eu não aguentava mais.”
A declaração reforça a linha de investigação de que o homicídio pode ter sido motivado por violência doméstica recorrente. A suspeita teria sido agredida diversas vezes em público, conforme relataram moradores da área.
Revolta e destruição
A morte de Ronaldo provocou revolta entre seus familiares, que atearam fogo na residência de Simone após a confirmação da morte. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas, mas parte da casa ficou destruída.
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram mobilizadas para evitar novos confrontos entre os dois grupos familiares.
Investigação em andamento
O caso é investigado pela Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Manacapuru, que apura as circunstâncias da morte e o histórico de agressões relatado pela suspeita.
Simone segue foragida e pode responder por homicídio, enquanto as autoridades avaliam a possibilidade de enquadramento em legítima defesa, dependendo do resultado das investigações.










