
A Nike deve ser forçada a realizar aumentos de preços mais elevados do que o previsto após a assinatura de um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e o Vietnã, que resultou na duplicação das tarifas de importação sobre produtos vietnamitas. A informação foi publicada pela agência Bloomberg com base em uma nota do analista Rick Patel, do banco Raymond James, divulgada nesta terça-feira (2).
Segundo Patel, “a Nike já planejava aumentos cirúrgicos de preços, e esperamos que esse plano siga adiante, com reajustes potencialmente maiores do que o anteriormente estimado”. A elevação das tarifas, que passam de 10% para 20% sobre produtos vindos do Vietnã, foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como parte do novo acordo. Antes do segundo mandato de Trump, os produtos não agrícolas do Vietnã enfrentavam tarifas de aproximadamente 8%.
Impacto direto nos custos e nas margens
O analista afirmou que a medida terá impacto direto na margem bruta da Nike e de outras empresas que dependem fortemente de importações vietnamitas, como Under Armour Inc., Skechers USA Inc., On Holding AG, Lululemon Athletica Inc. e Deckers Outdoor Corp. A pressão adicional sobre os custos pode afetar toda a cadeia do setor de vestuário esportivo.
As ações da Nike tiveram leve variação nesta quinta-feira, após subirem cerca de 4% no dia anterior, quando o presidente Trump fez referência ao acordo em uma publicação nas redes sociais. Segundo Patel, a reação positiva do mercado pode ter vindo do alívio ao se confirmar uma tarifa de 20%, abaixo dos 25% a 30% que muitos investidores temiam.
Com informações de Brasil 247.