Xuxa foi ‘a cara’ dos programas infantis brasileiros nas décadas de 1980 e 1990. Depois do Clube da Criança, onde surgiu na Manchete, seu nome virou marca: Xou da Xuxa, Xuxa Park, Planeta Xuxa, e por aí vai. Bonecas, brinquedos, gibis, além de inúmeros discos foram sucesso de vendas.
O tempo passou e o novo milênio chegou. Aos poucos, as gerações deixaram de ser tão marcadas pela apresentadora e cantora quanto as anteriores, ainda que fosse presença frequente na TV. Sua passagem pela Globo, onde passou quase três décadas, chegou ao fim em 2014, quando não alcançava mais a mesma multidão de antes.
Aparentemente inspirada em Ellen DeGeneres, estreou pouco tempo depois com um programa noturno voltado ao público adulto na Record. O programa Xuxa Meneghel lembrava mais os de Hebe Camargo ou Luciana Gimenez do que os seus clássicos infantis. Apesar do esforço, não marcou época, assim como alguns realities que apresentou na emissora. Durante a pandemia, em 2020, seu contrato chegou ao fim.
Xuxa e sua imagem longe da TV
O fenômeno pode ter a ver com as redes sociais. Num primeiro momento, a apresentadora não lidou bem com elas: diante de críticas, desistiu temporariamente de usar o Twitter, deixando como última mensagem a famosa frase “fui, vocês não merecem falar comigo nem com meu anjo”, em 2009.
Depois, passou a se posicionar. Tornou-se vegana e ativista da causa (hoje tem até uma lanchonete). Foi à Câmara e ao Senado diante do debate sobre a ‘Lei da Palmada’. Assumiu um romance com o cantor Junno Andrade e passou a falar abertamente sobre sexualidade, beleza e envelhecimento (Xuxa tem 61 anos).
Xuxa, o Documentário e Pra Sempre Paquitas: explosão nos streaming
O lançamento de Xuxa, o Documentário, em julho de 2023, foi assunto não somente nas redes sociais como também nas próprias emissoras de televisão. Na toada de revisitar o passado, comentar polêmicas e reconhecer (ou apontar) erros antigos, a série foi um sucesso.
Cerca de um ano depois, Para Sempre Paquitas, outra série documental derivada do ‘Xuxaverso’ volta a render o assunto. As décadas se passaram, mas as pessoas seguem se interessando pelo tema, seja por nostalgia da época, curiosidade dos bastidores ou algo mais.
Com informações do ESTADÃO