Num mundo tão egoísta, tão cheio de afazeres, de compromissos, muitas vezes deixamos de refletir sobre o que é realmente importante em nossas vidas. Por vezes nos preocupamos muito mais com os compromissos externos, com as agendas, com o trabalho, do quer com a família, os amigos. É hora de perguntamos sobre o que é essencial em nossas vidas, sobre o que eu estou fazendo para que a minha vida se torne extraordinária. O grande filósofo grego Sócrates nos ensina que “O homem sábio aprende observando, enquanto o homem vil aprende caindo”. 

Se tem um negócio que vem “lascando” com a vida do ser humano nos últimos tempos é essa mania de se comparar com os outros. Não precisávamos passar por tudo isso, mas a pandemia de Covid-19 nos ensinou que à vida deve ser mais simples, leve, desincompatibilizada. A nossa arrogância é querer controlar tudo, até o nosso destino, quando na verdade não controlamos nada, nem o nosso suspiro. O autoquestionamento liberta o ser humano da mediocridade, da covardia, da maledicência e torna a nossa vida mais significativa. 

A nossa postura inconformada com o mundo, com a realidade, com as coisas que nos cercam, muitas vezes, é que cria uma postura mental perigosa. Ao contrário, o ser humano livre é aquele que não perde a esperança, mesmo sendo submetido aquilo que parece ser inevitável, invencível, insubstituível. 

Quando estamos diante do perigo, de perder a esperança ou a nossa dignidade, devemos recorrer a quem acreditamos, confiamos, a Deus, por exemplo! A confiança, o companheirismo, o amor, a amizade, a fé, a esperança, a justiça, etc., são valores fundamentais, que nos ajudam a superar as dificuldades. 

Por isso perguntamos: o que é realmente mais importante para você, na sua vida? O amor, o dinheiro ou a amizade? Você já parou para pensar sobre isso? É possível conciliar dinheiro, poder e felicidade? No fundo, não é isso o que todos nós buscamos? Ou você vai dizer que o poder não é afrodisíaco? O que é que faz uma pessoa ser vitoriosa e virtuosa ao mesmo tempo? É a fé dessa pessoa? A formação? Ou o caráter? Como ser verdadeiro num tempo de mentiras? É possível conciliar corpo e mente sã? Ir à igreja, ao cinema, ao bar e continuar sendo alegre e feliz? Você acha que o ambiente muda as pessoas? Quem é você e o que você espera da vida? Você acha que a política corrompe as pessoas ou são as pessoas que são egoístas por natureza? Por que buscamos uma vida sem sobressaltos, imaculada, boa, feliz? Por que não alcançamos o que desejamos? 

Ultimamente tenho refletido bastante sobre essas questões. Talvez você esteja me achando catastrófico, certo? E eu respondo: de modo algum. O que eu busco é entender esse grande mistério que é a vida, mesmo sabendo que eu nunca entenderei, seguirei tentando, perguntando pelo essencial. Assim como a vida que é anterior a nós e que nos sucederá sem dificuldades, o autoconhecimento ou a busca de si mesmo deve ser o essencial em nossas vidas. 

 

Luís Lemos é filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021.  

Para comprar o livro do professor Luís Lemos acesse o link https://www.editoraviseu.com.br/filhos-da-quarentena-prod.html?___SID=U ou pelo Whatsapp (92) 988236521. 

Para segui-lo inscreva-se no seu canal https://www.youtube.com/channel/UC94twozt0uRyw9o63PUpJHg 

Artigo anteriorCaminhos do sangue: da doação à transfusão
Próximo artigoSecretaria de Educação orienta equipes escolares sobre diretrizes do Programa Auxílio Brasil