O pastor John Harry, suspeito de envolvimento em uma quadrilha especializada em fraudes com empréstimos consignados contra professores da rede estadual, se recusou a acompanhar os policiais no momento da prisão. A abordagem ocorreu durante um culto religioso, o que provocou desespero entre fiéis, especialmente entre as chamadas “irmãs”, que clamaram: “Meu Deus”.
Ao todo, sete pessoas foram presas na operação, entre elas o pastor, um pai de santo e um gerente de banco.
Os detidos foram identificados como Alan Douglas Pereira Barbosa, Luiz Roberto Lima Fonseca, Manoel Moreno Penha Junior, John Harry Santos da Silva, Samuel da Costa Matos, Luis Gonçalves da Silva e Jean Fábio França de Souza. Segundo a Polícia Civil, o grupo causou um prejuízo estimado em R$ 3 milhões.
A quadrilha operava por meio da coleta de dados de servidores estaduais, falsificando documentos e recrutando pessoas para se passarem por professores nas agências bancárias. Parte dos criminosos atuava como correspondentes bancários, facilitando a abertura de contas e a liberação dos empréstimos fraudulentos.
Gerentes de bancos, por sua vez, autorizavam os pagamentos dos créditos consignados sem passar pelas análises obrigatórias dos comitês financeiros das instituições, recebendo comissões pelos serviços ilícitos.
A fraude era concretizada por meio de um sistema conhecido como “clique único”, que permitia a liberação dos valores via aplicativo, sem a necessidade de comparecimento às agências.
Outros envolvidos ainda estão foragidos e são procurados pela polícia: Pablo Kzar Andrade Costa, Peter Kalil Andrade Costa, Manoel David Miranda de Melo, Crisney Uchoa Correia, Rafael Bruno Lima de Souza e Marcos Pitter Lemos da Silva.
