Alessandra Benedetti – Corbis/Corbis via Getty Images

A despedida do papa Francisco será mais simples do que a de outros pontífices. Esta medida atende um desejo do santo padre que afirmou em vida a intenção de um modelo de funeral e ritos das celebrações mais singelos. O desapego a coisas materiais do papa apareceu desde o início do papado, em 2013.

Francisco conseguiu aprovar uma revisão do livro litúrgico “Ordo Exsequiarum Romani Pontificis”, texto que trata de protocolos fúnebres da liderança da Igreja Católica. As alterações foram no sentido da abdicação de um contexto luxuoso nas celebrações da despedida.

Durante a gestão do papa Francisco na Igreja Católica, ele defendeu o perfil de “pastor e discípulo de Cristo”, o que implica em um comportamento que não condiz com associação ao luxo e ao poder. Este preceito guiou o papa na orientação das mudanças nos protocolos de velório e sepultamento.

Uma das mudanças foi a posição do caixão dentro da Basílica de São Pedro, quando deve ser realizado o velório aberto ao público. Em outras ocasiões, a urna funerária ficava sobre uma estrutura alta, chamada de catafalco. O dispositivo é normalmente utilizado em funerais de grandes figuras de Estado.

Assim que for concluída a etapa do velório público, o caixão do papa será fechado. Isto deve acontecer na sexta, quando do início da etapa de sepultamento.

O modelo do caixão também passou por alterações. Outros papas foram enterrados em três urnas com os materiais cipreste, chumbo e carvalho. No caso do pontífice, haverá uma estrutura apenas, de madeira revestida com zinco.

O local de sepultamento também revela a personalidade de Francisco. Em vez de ser enterrado na Basílica de São Pedro, onde repousam outros papas, houve a opção pela Basílica de Santa Maria Maggiore. A igreja é uma das marianas mais importantes de Roma, e isto sinaliza a devoção do santo padre à Virgem Maria.

 
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