Em declarações a jornalistas, Papa Leão XIV apelou ao diálogo global para combater o ódio • AGENCY POOL

O papa Leão XIV refletiu nesta terça-feira (7) sobre o segundo aniversário do ataque do Hamas contra Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. Em sua fala, ele apelou ao diálogo global para combater o ódio.

“Realmente, estes foram dois anos muito dolorosos… devemos sempre proclamar a paz, o respeito pela dignidade de todas as pessoas”, disse o pontífice em declarações a jornalistas em sua residência de verão em Castel Gandolfo.

Durante a conversa com os jornalistas, o papa Leão XIV também comentou sobre o anúncio do Vaticano referente a sua primeira viagem internacional como líder da Igreja Católica.

O pontífice vai visitar a Turquia e o Líbano no final de novembro, e classificou a viagem como “um momento verdadeiramente importante, uma jornada que o papa Francisco queria fazer por todos os cristãos”.

Entenda a guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel. Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.

Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início da guerra, pelo menos 67 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel diz que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.

Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.

Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino. Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.

Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.

Com informações de CNN Brasil.

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