Foto: Francesco Sforza/Vatican Media/Divulgação via REUTERS

Recém-eleito, o papa Leão XIV fez neste sábado (10) sua primeira saída oficial do Vaticano, visitando igrejas em Roma e em Genazzano. A primeira parada foi na Basílica de Santa Maria Maior, onde o pontífice rezou diante do túmulo de seu antecessor, o papa Francisco, falecido em 21 de abril. O gesto simbolizou não apenas respeito, mas também o desejo de manter uma linha de continuidade com o legado espiritual deixado pelo papa argentino.

Mais cedo, Leão XIV visitou o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Genazzano, a cerca de 50 quilômetros da capital italiana. O local tem uma forte ligação com sua história pessoal, já que é administrado pelos agostinianos desde o século XIII — mesma ordem religiosa à qual pertence.

Durante os trajetos, o novo papa manteve uma postura simples e próxima do povo. Viajando no banco do passageiro de uma van, acenou para fiéis e, em alguns momentos, desceu do veículo para cumprimentar as pessoas que o aguardavam, segundo informou o Vatican News.

Neste mesmo dia, o Vaticano também revelou o brasão papal de Leão XIV. No centro do escudo, destaca-se um coração com chagas, representando o Sagrado Coração de Jesus. A imagem é acompanhada por uma flor branca — referência à Virgem Maria — e uma flor dourada no topo. O lema escolhido para o novo pontificado, retirado de um comentário de Santo Agostinho ao Salmo 127, é: “Em aquele que é um, somos um só”.

Robert Francis Prevost, agora papa Leão XIV, é o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, natural de Chicago, com cidadania peruana. Foi missionário no Peru, bispo de Chiclayo e, mais recentemente, prefeito do Dicastério para os Bispos. Sua eleição, após quatro rodadas de votação no conclave, sinaliza a continuidade de uma Igreja voltada à missão, à acolhida e à sinodalidade, agora com um foco mais acentuado na espiritualidade agostiniana.

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