VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Informações da polícia italiana repassadas para as autoridades brasileiras indicam que a deputada federal Carla Zambelli está na região de Vêneto, na Itália. A parlamentar, que também tem cidadania italiana, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, ela está foragida e licenciada do cargo.

A polícia italiana já faz buscas na região à procura da deputada. Zambelli foi sentenciada a 10 anos de reclusão em regime fechado e ao pagamento de multa pelos crimes de invasão qualificada de sistema informático e falsidade ideológica, relacionados à inserção de documentos falsos nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na decisão, o ministro Alexandre apontou que a deputada se evadiu do país para se furtar à aplicação da lei penal e destacou o risco concreto de reiteração criminosa, já que, mesmo após a condenação, ela afirmou publicamente sua intenção de continuar propagando informações falsas sobre o sistema eleitoral e atacando instituições democráticas.

Interpol e bloqueio de passaportes

Além da prisão preventiva, o ministro determinou a inclusão do nome de Zambelli na difusão vermelha da Interpol, o que autoriza sua prisão em qualquer país e eventual extradição. Também ordenou o bloqueio de todos os passaportes da deputada, inclusive o diplomático, bem como de seus bens, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves. As medidas visam garantir o pagamento das multas e a reparação dos danos, cujo valor mínimo foi fixado em R$ 2 milhões.

O ministro determinou ainda o bloqueio de todas as redes sociais utilizadas por Zambelli. O conteúdo das contas deverá ser preservado pelas plataformas, e os dados cadastrais enviados ao STF.

Além disso, a Câmara dos Deputados bloqueou salários e quaisquer verbas destinadas à parlamentar, redirecionando os valores ao pagamento integral da multa.

Condenação

Zambelli foi condenada juntamente com o hacker Walter Delgatti Neto, sentenciado a 8 anos e 3 meses de prisão. As condenações referem-se à prática de 13 crimes de invasão qualificada de sistemas e 16 de falsidade ideológica, envolvendo a inserção de documentos fraudulentos, como mandados de prisão e alvarás de soltura. Entre os documentos forjados, havia um mandado de prisão contra um ministro do próprio STF, divulgado por veículos de imprensa

Com informações de Metrópoles.

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