As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmadas pelo Metrópoles. Guimarães deixou a presidência do banco há um mês, após o jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, publicizar as denúncias de assédio sexual e moral.
Na última terça-feira (26/7), o Ministério Público do Trabalho (MPT) transformou em inquérito civil a investigação preliminar aberta contra o ex-presidente da Caixa. No despacho, o procurador Paulo Neto considerou que a denúncia, em um primeiro momento, “configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores”.
O MPT também concedeu 10 dias para a Caixa Econômica Federal juntar ao inquérito cópia integral dos procedimentos administrativos decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 no canal interno contra Pedro Guimarães.
Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e relatar as situações pelas quais passaram. Todas trabalham ou atuam em equipes que servem diretamente ao gabinete do ex-presidente da Caixa Econômica.
As mulheres denunciam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, que partiram do então presidente do maior banco público brasileiro em interação com as funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de investigações que estão em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal (MPF) e no MPT. Após repercussão do caso, o Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu processo para apurar as denúncias.