JERUSALÉM (Reuters) – Encostada a uma parede em um corredor dos fundos da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, uma pedra de laje mostrava apenas evidências dos grafites deixados nela por multidões de peregrinos ao longo dos tempos.

Mas a pedra de 2,5m x 1,5m acabou sendo muito mais preciosa quando seu outro lado foi exposto durante as recentes reformas na igreja, local tradicional da crucificação e sepultamento de Jesus.

Os pesquisadores acreditam que os elaborados ornamentos que encontraram na parte escondida da laje indicam que já foi a frente decorada de um altar medieval destacado séculos atrás em um dos locais mais sagrados do cristianismo.

“Você não pode ver agora, mas originalmente era ornado com pedaços de mármore precioso, pedaços de vidro, pedaços de mármore pequenos”, disse Amit Re’em, arqueólogo regional de Jerusalém para a Autoridade de Antiguidades de Israel.

“Estava brilhando e este era um artefato realmente incrível”, disse Re’em, que conduziu a pesquisa com Ilya Berkovich, da Academia Austríaca de Ciências.

Eles identificaram o método de decoração único como “Cosmatesco”, que combina arte clássica, bizantina e islâmica primitiva, em que azulejos de mármore colorido finamente cortados são usados ​​​​para preencher gravuras circulares na pedra.

“Ficava no topo, no santuário da Igreja (do Santo Sepulcro)”, disse Re’em.

Altares decorados da mesma forma foram encontrados dentro de igrejas em Roma que datam dos séculos 12 e 13, disseram os pesquisadores.

Eles acreditam que a relíquia em Jerusalém corresponde a achados arqueológicos do passado e a relatos de peregrinos sobre a consagração da igreja pelos cruzados e a formação de seu altar principal em 1149.

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