Operação mira quadrilha que dava golpes usando aplicativo Caixa Tem • Foto: Pilar Olivares - 29.abr.2020/Reuters

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação Farra Brasil 14, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o sistema de benefícios sociais gerido pelo aplicativo Caixa Tem.

A ação mobilizou cerca de 80 policiais federais para o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em sete municípios fluminenses: Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras.

Além dos mandados, a Justiça Federal determinou medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados, que agora estão proibidos, entre outras restrições, de manter contato entre si e de frequentar agências da Caixa Econômica Federal.

Esquema envolvia servidores da Caixa e lotéricos

As investigações revelaram um esquema sofisticado, no qual o grupo criminoso cooptava funcionários da Caixa Econômica Federal e de casas lotéricas, oferecendo propina para obter acesso ilícito a contas sociais de terceiros através do aplicativo. A maioria das vítimas é composta por beneficiários de programas sociais do Governo Federal, mas o grupo também fraudava valores do FGTS e do Seguro Desemprego.

A ação é resultado do trabalho conjunto da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas, vinculada à Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (CEFRA) e da Corregedoria Regional da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro.

Prejuízo bilionário e investigação em curso

Segundo dados oficiais da Caixa, desde o lançamento do aplicativo CAIXA TEM, em abril de 2020, já foram registrados aproximadamente 749 mil processos de contestação, gerando um ressarcimento que ultrapassa R$ 2 bilhões por parte da instituição financeira.

Os investigados poderão responder por organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação. Somadas, as penas podem chegar a 40 anos de reclusão.

A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e aprofundar o mapeamento da atuação da quadrilha.

Com informações de CNN Brasil.

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