
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por envolvimento em um suposto esquema ilegal de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O que está sendo investigado?
Durante o governo Bolsonaro, a Abin teria sido usada para:
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Espionar adversários políticos;
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Monitorar autoridades dos Três Poderes;
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Produzir dossiês ilegais;
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Disseminar fake news sobre o sistema eleitoral.
Papel de Alexandre Ramagem
Ex-diretor da Abin (2019–2022) e delegado da PF, Ramagem é apontado como o estrategista da estrutura paralela, supostamente responsável por:
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Autorizar monitoramentos ilegais;
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Entregar informações sigilosas a aliados políticos;
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Beneficiar a família Bolsonaro com dados coletados clandestinamente.
Carlos Bolsonaro
Segundo a PF e a PGR, Carlos, vereador no Rio, usava essas informações para alimentar redes sociais com ataques a adversários, sendo parte do chamado “núcleo político” da organização.
Jair Bolsonaro
A PF aponta que o ex-presidente sabia, ordenou e se beneficiou diretamente do esquema, que envolveu monitoramento ilegal até de ministros do STF e autoridades como João Doria, Arthur Lira e Rodrigo Maia.
E agora?
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O caso está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Caso a PGR denuncie formalmente, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se os acusados se tornam réus.
Outros indiciados
Mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo membros da atual gestão da Abin, como o diretor Luiz Fernando Corrêa, todos delegados de carreira da PF.
Sobre a Abin
A Abin é uma agência de inteligência ligada à Presidência da República. Sua missão oficial é fornecer análises estratégicas ao governo, mas ao longo dos anos foi diversas vezes envolvida em acusações de uso político de sua estrutura.
Com informações de BBC Brasil