• Valter Campanato/Agência Brasil

O secretário de Inovação do Ministério da Agricultura e Pecuária, Pedro Alves Corrêa Netto, recebeu mais de R$ 1 milhão em propina durante 2022 e 2024 do esquema de corrupção no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), segundo a PF (Polícia Federal).

As informações constam na decisão judicial que autorizou a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF nesta quinta. No documento, o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou o servidor colocar tornozeleira eletrônica.

As propinas foram recebidas pelo secretário por meio de transferências bancárias realizadas por Cícero Marcelino, operador da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).

Segundo as investigações, a entidade recebeu R$ 708,2 milhões do INSS, dos quais, R$ 640 milhões foram desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros ligados ao grupo investigado.

A PF aponta que servidor público teria facilitado os interesses criminosos da Conafer junto a programas do Ministério da Agricultura e outros órgãos do governo federal.

Conforme a PF, Pedro Alves favoreceu o ITT (Instituto Terra e Trabalho), entidade vinculada à Conafer. “Há indícios de que Pedro intercedia junto à Frente Parlamentar Mista em Defesa do Empreendedorismo Rural, apoiando projetos e parcerias de interesse do grupo”, diz a investigação.

“Os repasses partiram de empresas controladas por CÍCERO, incluindo: Santos Consultoria e Assessoria Ltda., To Hire Cars Locadora de Veículos Ltda., Agropecuária PKST Ltda. e Solution Serviços Especializados em Apoio Administrativo Ltda”, detalha a PF.

Com informações de CNN Brasil.

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