Ana Júlia, esposa de Gil Romero é procurada suspeita de acobertar assassinato de grávida (Foto Reprodução do TIK Tok)

A vigilante Ana Julia Azevedo Ribeiro, está sendo procurada pela Polícia Civil, suspeita de envolvimento na morte de Débora da Silva Alves, 18, que estava grávida de oito meses. Ela é esposa de Gil Romero Machado Batista, 41, preso nesta terça-feira (8), no Distrito de Apolinário, Comunidade rural de Curuá, no oeste do Pará.

“A Ana Júlia foi ouvida, ela mentiu em seu depoimento e diversas contradições foram encontradas. Logo após o aparecimento do corpo [de Débora] nós tentamos reinquiri-la, oportunidade em que ela já tinha sumido e está em local incerto”, afirmou o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em coletiva na noite desta quarta-feira (9) na Delegacia Gera da Polícia Civil.

Ricardo Cunha informou ainda que Ana Júlia teve a prisão temporária decretada pela justiça e está foragida por ter mentido no depoimento na DEHS.

De acordo com o delegado ela precisa ser capturada para que assim a polícia posso saber qual a participação dela no assassinato da Débora Silva. “No mínimo ela foi conivente, ela sabe do crime, ela não quis colaborar com as investigações e ela tem que informar para gente o porquê desse sumiço, então ela teve prisão decretada”, acrescentou o delegado.

Informações a respeito do paradeiro dela devem ser repassadas pelos números (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou 181, da Secretaria de Segurança Público do Amazonas (SSP-AM).

Pago para dar corretivo

De acordo com a delegada Déborah Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Gil Romero afirmou aos policiais civis do Pará que deu R$ 500 para José Nilson, conhecido como “Nego”, preso na última sexta-feira (4) e um comparsa, ainda não identificado, para darem ‘um corretivo’ na vítima dentro da usina onde trabalhava como segurança.

Ele nega, em um primeiro momento, que matado a grávida. Segundo a delegada, Gil e José relatam histórias contraditórias. “Ainda vamos ouvir Gil Romero na delegacia”, disse.

Entenda o caso

Débora Silva desapareceu no dia 29 de julho deste ano, quando saiu de sua residência para encontrar Gil Romero, que seria o pai do bebê.

“Ele recusava, veementemente, a paternidade. No início da gravidez, ele ofereceu medicamentos abortivos à Débora e, em junho deste ano, tentou contra a vida dela pela primeira vez. Desta vez, a vítima se defendeu com uma faca, sobrevivendo ao ataque. No dia do crime, a jovem saiu para encontrar Gil Romero, com quem pegaria o dinheiro para comprar o berço do bebê, entretanto, não retornou para casa em seguida”, disse o delegado Ricardo Cunha.

O corpo foi encontrado, na manhã do dia 3 de agosto, em uma área de mata, localizada em Mauazinho, Zona Leste de Manaus. Como o local era de difícil acesso, foi preciso acionar os bombeiros para realizarem a remoção do tambor, junto do corpo.

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