Fotografia de mulher com as mãos na perna - Metrópoles - dores nas pernas - Foto: GettyImages

BRASIL – A má circulação sanguínea, muitas vezes subestimada, pode comprometer o funcionamento de órgãos vitais e gerar consequências graves à saúde, como tromboses, úlceras varicosas e insuficiência venosa crônica. Apesar de frequentemente se desenvolver de forma silenciosa, o corpo costuma emitir sinais que merecem atenção.

Segundo a cirurgiã vascular Camila Caetano, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), identificar precocemente os sintomas é essencial para garantir qualidade de vida e prevenir complicações. “A saúde vascular deve ser levada a sério. Muitas pessoas só buscam ajuda quando a dor é intensa ou surgem feridas”, alerta.

Sinais de alerta que merecem atenção

Entre os principais indícios de problemas circulatórios estão:

  • Dor e sensação de peso nas pernas, especialmente ao final do dia

  • Cãibras frequentes e fraqueza muscular, sinalizando má oxigenação

  • Alterações de coloração nos tornozelos, como tons acastanhados (dermatite ocre)

  • Varizes e vasinhos aparentes, indicando dilatação dos vasos

  • Feridas ou úlceras de difícil cicatrização nas pernas, que podem indicar estágio avançado de doença venosa

Esses sintomas tendem a se agravar com sedentarismo, obesidade, alterações hormonais, histórico familiar e hábitos como permanecer muito tempo sentado ou em pé.

Diagnóstico precoce é chave para o sucesso do tratamento

De acordo com a especialista, o diagnóstico precoce pode evitar intervenções mais agressivas. “Quanto antes o problema for identificado, maiores são as chances de controle”, reforça Camila.

Além da avaliação clínica, exames como o doppler venoso auxiliam na detecção de obstruções, refluxos e outras alterações na circulação. O tratamento pode incluir:

  • Mudanças no estilo de vida (atividade física e controle do peso)

  • Uso de meias de compressão

  • Medicamentos específicos

  • Procedimentos minimamente invasivos, quando necessário

A médica reforça que a atenção à saúde circulatória deve fazer parte da rotina de cuidados, mesmo na ausência de dor. “Os sintomas iniciais podem parecer simples, mas ignorá-los é um risco”, conclui.

Com informações do portal Correio 24 horas

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