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Um ex-integrante da equipe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi morto durante um ataque no sul da Faixa de Gaza, ocorrido no último dia 3 de julho. Identificado como Abdullah Hammad, o profissional atuava como higienista na clínica de Al Mawasi e havia encerrado suas atividades com a organização poucos dias antes, em 30 de junho.

Segundo informações da MSF, Abdullah estava entre um grupo de civis que aguardavam a chegada de caminhões com ajuda humanitária na cidade de Khan Younis, quando o local foi atingido por forças israelenses. Pelo menos 16 pessoas morreram no ataque, de acordo com as equipes médicas do Hospital Nasser. Não houve qualquer aviso prévio antes da ofensiva, segundo relatos de testemunhas.

O episódio ocorreu próximo a uma usina de dessalinização, mesma área em que um incidente semelhante já havia sido registrado no dia 17 de junho. MSF declarou estar “chocada e profundamente entristecida” com a morte de seu ex-colaborador, expressando solidariedade à família de Abdullah, incluindo seus irmãos Karam e Bahaa e sua irmã Zainab, que também atuam na organização.

Desde outubro de 2023, a organização humanitária já perdeu 12 profissionais na Faixa de Gaza. Em nota, a MSF exigiu o fim imediato da violência e denunciou as condições em que os palestinos estão sendo obrigados a buscar alimentos.

O coordenador de emergência da MSF em Gaza, Aitor Zabalgogeazkoa, classificou o episódio como um “massacre” e afirmou que a população local está sendo levada ao limite por uma situação de fome deliberada e prolongada. Ele também denunciou a dificuldade imposta pelas forças israelenses para a remoção dos corpos após o ataque.

“Estamos diante de uma tragédia humanitária de proporções alarmantes. As condições de vida em Gaza se deterioraram a níveis insustentáveis, com acesso restrito a alimentos, água e assistência médica. É urgente que essa carnificina seja interrompida”, declarou Zabalgogeazkoa.

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