Coordenadora do projeto Laila da Silva Pedroza

Levar os ensinamentos da disciplina de Química de uma forma lúdica e atrativa foi o objetivo do projeto “Química em uma cozinha sem glúten”, apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). A iniciativa desenvolvida com alunos do Colégio Amazonense Dom Pedro II, no bairro Centro, zona sul de Manaus, buscou aliar os fenômenos químicos vistos em salas de aula com a rotina do dia a dia, por meio da produção de alimentos sem glúten.

Amparado via Programa Ciência na Escola (PCE), o projeto foi coordenado pela doutora em Química, Laila da Silva Pedroza, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar. Segundo a professora, a ideia principal foi desmistificar para alunos do Ensino Médio o conceito que a disciplina é uma matéria difícil.

Laila afirma que durante o projeto foram aplicadas oito receitas sem glúten aptas para pessoas celíacas, que são aqueles com uma doença autoimune e genética, que não podem ingerir glúten, causando inflamação no intestino do paciente, sendo o principal tratamento a dieta livre de glúten. As receitas foram transcritas em um e-book.

“Foi possível contextualizar conceitos químicos como misturas homogêneas e heterogêneas, solubilidades e fermentação. Ao serem realizadas as produções era possível ir relatando e relacionando os conceitos químicos na prática. Na aplicação da receita do pão, foi muito prático a visualização da reação do processo de fermentação”, afirmou a professora Laila.

Durante o projeto, no laboratório da escola foi montada uma cozinha adaptada. Os estudantes bolsistas e voluntários realizaram pesquisa sobre doença celíaca e quais receitas seriam aplicadas. Após a seleção começaram os testes das receitas, entre as quais, pão de forma, bolo de chocolate, bolacha, bola salgada, brigadeiro, empada doce e empada salgada com recheio de frango, pão de banana com canela, pão de ervas finas e bolinha de queijo.

A coordenadora do projeto, Laila, afirma que o projeto gerou frutos positivos e que o trabalho também será apresentado no Congresso de Ensino de Química, que ocorrerá na Universidade Federal do Pará (UFPA), ainda este ano.

Para a professora Laila, a Fapeam desenvolve um trabalho de grande importância para as escolas básicas com o PCE.

“Conseguimos realizar projetos inovadores e propor aos nossos alunos experiências que muitas vezes eles iriam conseguir somente na faculdade”.

Sobre o PCE- O PCE visa apoiar a participação de professores e estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, da 1ª à 3ª série do ensino médio e suas modalidades: educação de jovens e adultos, educação escolar indígena, atendimento educacional específico e Projeto Avançar, em projetos de pesquisa a serem desenvolvidos em escolas públicas estaduais sediadas no Amazonas e municipais de Manaus e Tefé.

Revista PCE- A história do PCE ao longo de duas décadas e as experiências de professores e estudantes estão registradas em edição especial da revista comemorativa do PCE 20 anos lançada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fapeam.

Com o tema principal “A chama revolucionária da ciência na educação básica”, a revista, disponível também na versão digital, apresenta dados históricos relacionados ao programa, projetos desenvolvidos no estado e depoimentos de como o PCE tem transformado vidas e aberto possibilidades para futuras gerações de cientistas e pesquisadores no Amazonas. Acesse a revista em: https://www.fapeam.am.gov.br/wpcontent/uploads/2024/07/REVISTA-PCE-WEB.pdf

Com informações de Agência Amazonas.

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