O projeto “Tributo é coisa nossa: educação fiscal com voz de estudante”, da Escola Estadual Ruy Araújo, é um dos finalistas do Prêmio Nacional de Educação Fiscal de 2025. A premiação, promovida pela Associação Nacional de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz/AM) e da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, reconhece iniciativas que promovem a função social dos tributos e o engajamento do cidadão no controle e acompanhamento dos recursos públicos.
De acordo com o coordenador do Programa de Educação Fiscal no Amazonas e do Núcleo de Educação Fiscal da Sefaz, Augusto Bernardo Cecílio, o Amazonas foi um dos estados com maior número de inscrições no prêmio nacional. Foram 38 projetos na junção de todas as categorias.
“Isso mostra o amadurecimento da política estadual de educação fiscal e o compromisso com o fortalecimento desse tema, que é fundamental ao desenvolvimento de uma cultura cidadã participativa e consciente entre professores, alunos, comunidade escolar e sociedade em geral”, afirmou o coordenador.
O projeto
Coordenado pelo professor Dilson Nascimento, o projeto amazonense mobiliza cerca de 900 estudantes, do Ensino Fundamental 2 e do Ensino Médio da instituição, na construção de uma nova percepção sobre o papel dos tributos na sociedade. Entre as ações desenvolvidas estão gincanas temáticas, poesias, peças teatrais, textos coletivos, intervenções culturais e simulações de debates de TV, todas dirigidas a despertar o senso de cidadania fiscal.
“As práticas dialogam com o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) e reforçam a função social da escola pública como espaço de formação cidadã”, explica o professor. Além disso, a proposta envolve diálogo interdisciplinar entre áreas como Geografia, Linguagens, Matemática e Ensino Religioso, e incentiva a participação ativa dos estudantes na criação de materiais e atividades que aproximem o tema do cotidiano.
Para o coordenador, o maior desafio é desmistificar o tema dos tributos, transformando-o em instrumento de reflexão e participação social. “A educação fiscal não é apenas sobre arrecadar, mas sobre entender como os recursos são aplicados e como cada cidadão pode contribuir para uma sociedade mais justa”, resumiu.
A secretária de Estado de Educação e Desporto Escolar, Arlete Mendonça, destacou a importância do projeto no que diz respeito à formação de consciência cidadã e no engajamento da comunidade escolar na construção de debates de interesse público.
“Entendemos a importância desse programa no sentido de não apenas contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados, mas para fortalecer a relação entre a escola e a comunidade, criando um ambiente propício para a reflexão sobre temas de interesse público. Parcerias como essas, entre as instituições e a Secretaria de Educação, são sempre muito positivas para o desenvolvimento dos nossos estudantes”, afirmou a secretária.
Premiação
Com quatro categorias (escolas, instituições, imprensa e tecnologia), o prêmio registrou 485 inscrições de todas as regiões do país. A cerimônia que anunciará os vencedores será realizada no dia 18 de novembro, no Brasília Palace Hotel, em Brasília, reunindo autoridades, gestores públicos, finalistas e representantes das entidades parceiras. Nesta edição, serão distribuídos R$ 100 mil em prêmios entre os projetos vencedores das quatro categorias.
