Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou, nesta terça-feira (28/6), ter obtido informações sobre movimentação do governo, com envolvimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para substituir o delegado Bruno Calandrini, que conduziu as investigações sobre o suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação envolvendo pastores e o ex-ministro Milton Ribeiro.

“As informações que temos neste momento dão conta de que está sendo organizada uma ação para substituir o senhor Bruno Calandrini da condução dessas investigações”, disse Randolfe, ao protocolar um pedido, com 30 assinaturas, para a criação no Senado de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

“Não estamos sob circunstâncias normais sob a égide do governo do senhor Jair Bolsonaro. Em circunstâncias normais não necessitaria de uma CPI”, continuou. “A circunstância dessa investigação está sob ameaça. Ela está sob intervenção do presidente da República e do senhor minitro de Estado da Justiça (Anderson Torres).

Retaguarda

O senador apontou que a criação da CPI servirá de retaguarda para a atuação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Ele ainda apontou a intenção de investigar a interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Torres na investigação.

Para Randolfe, dois pontos importantes que precisam ser esclarecidos são a inação da Polícia Federal em cumprir a determinação judicial e transferir Milton Ribeiro de Santos para Brasília na ocasião em que ele foi preso, além da ausência de um pedidos de apreensão do celular do ex-ministro.

“Onde está o celular do senhor Milton Ribeiro e porque ele não foi devolvido”, questionou o senador.

Assinaturas

O pedido de criação da CPI foi protocolado com 30 assinaturas, mas, em seguida, o senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PA) também decidiu aderir ao grupo.

“Portanto, é um requerimento robusto, mostrando que há um desejo no Senado de que esse esquema escandaloso que se instalou no Ministério da Educação tenha uma séria investigação”, disse Randolfe Rodrigues. (Metrópoles)

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