
Segundo o IBGE, cerca de 19% da população brasileira tem algum tipo de deficiência visual, sendo mais de 6 milhões de casos severos. Ainda assim, muitos brasileiros não fazem visitas regulares ao oftalmologista, o que pode comprometer a saúde ocular a longo prazo.
Primeiros cuidados ainda na maternidade
O primeiro contato com a saúde dos olhos ocorre logo após o nascimento, por meio do teste do olhinho — ou reflexo vermelho — que deve ser feito na primeira semana de vida. O exame é simples e detecta alterações nas estruturas oculares. “Ele deve ser repetido durante os dois primeiros anos”, afirma o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO).
Primeira consulta oftalmológica: ainda no primeiro ano
Rocha recomenda que a primeira consulta com oftalmologista ocorra até os 6 meses de idade, mesmo sem sintomas. “É possível examinar bebês, avaliar grau, fundo de olho, e pressão ocular, sem que eles precisem relatar queixas”, diz o especialista.
Desenvolvimento visual até os 7 anos: atenção redobrada
Crianças desenvolvem a visão cerebral até os 7 anos. Por isso, mesmo sem sintomas, o acompanhamento regular é crucial. “Há casos em que um olho funciona bem e o outro, não. Se não for tratado até os 10 anos, a criança pode desenvolver ambliopia — um olho estruturalmente normal, mas com baixa visão irreversível”, alerta o médico.
Na vida adulta, consultas devem ser anuais
Após a infância, adultos saudáveis devem realizar consultas oftalmológicas anualmente. A frequência pode variar conforme a idade e histórico ocular do paciente.
Sinais de alerta
Alguns sintomas exigem atenção imediata e uma consulta urgente com um oftalmologista:
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Dificuldade para enxergar de perto ou de longe
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Visão embaçada ou dupla
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Manchas escuras na visão
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Sensibilidade à luz
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Dor ou vermelhidão nos olhos
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Inchaço, coceira, queimação
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Olhos secos ou com lacrimejamento excessivo
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Dores de cabeça constantes
Com informações de Alto Astral