Segundo a denúncia, Julian Larry teria contratado dois pistoleiros para assassinar o empresário com quem planejava ser sócio

O juiz titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, Fábio Olintho de Souza, determinou que Julian Larry Barbosa Soares, Alinelson Willian Araújo Pereira e Adriano Fogassa Almeida, denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) pelo assassinato do empresário Rafael Moura Cunha, em 2 de dezembro de 2021, serão julgados por júri popular. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (28), no processo de Ação Penal n.º 0775946-14.2021.8.04.0001.

Os réus foram denunciados por homicídio qualificado, conforme o artigo 121, § 2.º, incisos I (praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe) e IV (praticado à traição, emboscada ou outro recurso que impossibilite a defesa da vítima) do Código Penal.

Motivação do crime

De acordo com a investigação, o crime teria sido motivado por desentendimentos comerciais. Julian Larry Barbosa Soares havia firmado, em junho de 2021, um Termo de Compromisso para se tornar sócio da empresa “Blend Lounge Café”, da qual Rafael Moura Cunha era proprietário. Pelo acordo, Julian receberia 50% das cotas da empresa ao efetuar o pagamento de R$ 450 mil, mas, até a data do crime, teria pago apenas R$ 50 mil.

Rafael, ao cobrar os valores restantes e sinalizar a rescisão do contrato, teria despertado a ira de Julian, que, segundo o Ministério Público, contratou Adriano Fogassa Almeida e Alinelson Willian Araújo Pereira para executar o assassinato.

Próximos passos

A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Marcelo Salles Martins em junho de 2022 e aceita pelo Judiciário em agosto do mesmo ano. Com a decisão de pronúncia, a 1.ª Vara do Tribunal do Júri aguardará o trânsito em julgado para marcar o julgamento em plenário. Até o momento, Julian Larry Barbosa Soares, Alinelson Willian Araújo Pereira e Adriano Fogassa Almeida respondem ao processo em liberdade.

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