A tragédia que abalou a comunidade escolar de Manaus na última sexta-feira (2) teve um desfecho doloroso com a morte de Luiz Eduardo Arcanjo Cordovil, de apenas 10 anos. O menino teria espancado por dois estudantes dentro da Escola Municipal Dr. João Queiroz, localizada na Rua 38, no bairro Cidade Nova, Zona Norte da cidade.
A agressão, que ocorreu após Luiz Eduardo ter se recusado a realizar um trabalho escolar, resultou em graves ferimentos que levaram a sua hospitalização. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu e faleceu no domingo (4), devido a um edema, hemorragia cerebral e traumatismo craniano.
Nesta terça-feira (6), familiares e amigos do menino realizaram uma manifestação em frente à escola, clamando por justiça. Munidos de balões e cartazes, os manifestantes expressaram sua dor e indignação, exigindo ações concretas contra a violência nas escolas. Entre as reivindicações, destaca-se o afastamento do diretor da escola, acusado de ser conivente com episódios recorrentes de agressão dentro da instituição.
Os manifestantes relataram que outros alunos também foram vítimas de violência na escola, sem que nenhuma providência fosse tomada pelas autoridades escolares. Este histórico de negligência aumentou ainda mais a revolta dos presentes, que pedem uma investigação rigorosa e mudanças imediatas para garantir a segurança dos estudantes.
Policiais civis da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai) investigam a morte do estudante Luiz Eduardo Arcanjo Cordovil, 10, que morreu em uma unidade de saúde no último domingo (4)
Em nota da Semed
A Semed esclarece que nenhum fato foi registrado pelas câmeras de segurança da unidade escolar, e que, ao ser informada da situação, deu total apoio à família com transporte e providenciando auxílio para o funeral.
A Semed ressalta que, durante todo o ano letivo, realiza ações de combate à violência em todas as etapas e modalidades de ensino, com apoio de psicólogos e assistentes sociais.
Nada se compara à perda de um filho, e a Prefeitura de Manaus se solidariza à família, estando à disposição para colaborar com as investigações das autoridades competentes.