O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do União Brasil nesta segunda-feira (8/12). A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional da legenda, que determinou o cancelamento da filiação do ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após ele contrariar a orientação partidária e optar por permanecer no governo.
A medida ocorre meses depois de Sabino desafiar o presidente da sigla, Antonio Rueda, ao decidir seguir no comando do Ministério do Turismo, mesmo após o União Brasil anunciar o rompimento com o Palácio do Planalto em meados de setembro.
Dias após o anúncio do partido, Sabino chegou a afirmar que deixaria o ministério, mas permaneceria no governo a pedido de Lula para concluir a organização da COP30, que será realizada em Belém (PA), cidade onde construiu sua base política. Na ocasião, ele admitiu que desejava continuar à frente da pasta e buscaria diálogo com lideranças da legenda. “A minha vontade é clara: é continuar o trabalho que a gente vem fazendo”, disse.
Pouco depois, o ministro recuou e confirmou que seguiria no cargo, o que levou o União Brasil a abrir processos disciplinares, alegando infidelidade partidária.
Com a expulsão e a perda do comando do partido no Pará, Sabino enfrenta agora um revés político significativo. Para viabilizar seu projeto de concorrer ao Senado em 2026, o ministro dependerá de uma nova legenda.
