Foto colorida de olho - Foto: Unsplash/Reprodução

Com o avanço da tecnologia e a rotina cada vez mais conectada, cresce também a incidência da síndrome do olho seco, condição que vai muito além de um simples incômodo ocular. De acordo com especialistas, o problema tem se tornado uma das queixas mais comuns nos consultórios oftalmológicos, impulsionado principalmente pelo uso prolongado de celulares, computadores e a exposição contínua a ambientes com ar-condicionado.

A oftalmologista Wanessa Carneiro, especialista em cirurgia refrativa, alerta que o olho seco é uma doença crônica e multifatorial, caracterizada pela deficiência na produção ou na qualidade das lágrimas. “O paciente começa a sentir ardência, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e visão embaçada. São sintomas que pioram ao longo do dia, especialmente com o uso contínuo de telas digitais”, explica.

Qualidade de vida prejudicada e riscos à visão

Embora muitos ainda vejam o problema como algo pontual, a síndrome do olho seco pode impactar diretamente a qualidade de vida. “Se não for tratada corretamente, a doença pode evoluir para complicações sérias, como lesões na córnea, infecções frequentes e até perda parcial da visão”, alerta Dra. Wanessa.

Entre os principais fatores de risco estão o envelhecimento, alterações hormonais, doenças autoimunes — como a síndrome de Sjögren —, além da presença de alergias ou blefarite (inflamação nas pálpebras).

Cuidados simples podem evitar agravamento

Segundo a médica, o tratamento deve ser sempre personalizado, conforme o grau de severidade da doença. Em quadros leves, mudanças simples de comportamento já trazem benefícios. “Evitar ar-condicionado sempre que possível, manter boa hidratação, piscar com mais frequência e fazer pausas ao usar telas são atitudes eficazes”, destaca.

Em casos moderados ou graves, podem ser indicados colírios específicos, higiene das pálpebras com produtos apropriados, compressas mornas e até procedimentos como a oclusão dos canais lacrimais — medida que impede o escoamento precoce da lágrima e melhora a lubrificação ocular.

Diagnóstico precoce é fundamental

Dra. Wanessa Carneiro reforça que qualquer desconforto ocular persistente deve ser avaliado por um oftalmologista. “O olho seco é uma doença que pode ser controlada, mas precisa de atenção contínua. Ignorar os sinais pode comprometer a saúde ocular a longo prazo”, finaliza.

Com informações de Alto Astral

Artigo anteriorTerapia brasileira propõe abordagem inovadora para depressão ao tratar raízes emocionais profundas
Próximo artigoCanetas emagrecedoras ganham espaço como coadjuvantes no emagrecimento, mas exigem prescrição e acompanhamento rigoroso