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O verão amazônico é conhecido por suas altas temperaturas e umidade intensa, o que faz com que o uso de eletrodomésticos, especialmente o ar-condicionado, seja quase indispensável. No entanto, o aumento no uso desses aparelhos pode resultar em contas de energia mais altas ou até em sobrecargas que podem danificar eletrodomésticos com baixa manutenção. A boa notícia é que, com algumas dicas simples de especialistas, é possível reduzir o consumo de energia e proteger os aparelhos.

Recentemente, a região Norte do Brasil registrou um recorde de consumo de energia elétrica, especialmente impulsionado pelas altas temperaturas do verão. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foram consumidos 8.297 MW (megawatts) médios no dia 19 de agosto, superando os 8.274 MW médios registrados em 8 de agosto de 2023.

O engenheiro eletricista e docente do Centro de Ensino Técnico (Centec) no curso de Eletrotécnica, Waldercley Chaves Soares, lista dicas que podem ajudar a aliviar ao menos um pouco as contas durante os períodos de maior consumo. A primeira delas é escolher o modelo certo de eletrodomésticos, principalmente ar-condicionados.

“Optar por aparelhos com tecnologia inverter é uma boa recomendação. Esses modelos ajustam a velocidade do compressor de acordo com a necessidade, evitando picos de energia. Alguns modelos split inverter podem gerar até 70% de economia, dependendo do uso no mês”, afirma.

Outra dica do especialista é evitar temperaturas muito baixas, pois elas forçam o aparelho e consomem mais energia. O ideal, explica o engenheiro, é manter a temperatura entre 23°C e 25°C. “Além disso, ao sair do ambiente, desligue o aparelho ou programe o timer para que ele se desligue automaticamente”, sugere.

Em relação a outros eletrodomésticos, como freezers, bebedouros, micro-ondas e geladeiras, as orientações variam de acordo com o uso e o tipo de produto. Já existem refrigeradores com tecnologia inverter, que também são bastante recomendados.

“Uma dica antiga, mas muito eficaz, é desligar da tomada todos os aparelhos que não estão em uso. Você pode fazer isso com o micro-ondas e até com o bebedouro, especialmente durante a madrugada”, comenta.

Manutenção

Outra atenção que pode não só garantir economia, mas também evitar a queima de aparelhos em momentos de quedas de energia é a manutenção. O docente do curso técnico em Refrigeração do Centec, Emerson Costa da Rocha, ressalta que os problemas mais comuns de ar-condicionados e geladeiras ocorrem por falta de cuidados preventivos.

“Com esse calor da nossa região, se não se fizer a manutenção corretiva no período adequado, pode ocorrer a entrada de poeira na condensadora [parte do ar-condicionado instalada do lado externo], a permanência de gás ou óleo velho no aparelho e problemas no filtro do ar”, afirma.

Segundo ele, a orientação geral é que a manutenção em ar-condicionados residenciais seja feita uma vez ao ano. Em ambientes corporativos, onde a utilização é mais frequente, a recomendação é a cada seis meses.

Em relação às geladeiras, a manutenção deve ser feita no período indicado pelo fabricante do aparelho ou a cada seis meses. “O serviço de prevenção inclui a limpeza das serpentinas [sistema de troca de calor da geladeira], a verificação das borrachas de vedação, entre outros componentes, para garantir que o aparelho continue funcionando de maneira eficiente e econômica”, afirma o profissional.

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