
Wagner Moura, 49 anos, continua a acumular reconhecimento internacional por sua atuação em “O Agente Secreto”, filme nacional dirigido por Kleber Mendonça Filho. Na noite do último sábado (8), o ator foi premiado no prestigiado Newport Beach Film Festival, na Califórnia, Estados Unidos.
Este é o quarto prêmio que Moura conquista pelo longa-metragem, que estreou oficialmente no Brasil na última quinta-feira (6). Ele já havia sido laureado no Festival de Cannes, onde o filme foi lançado, no Festival de Zurique e no Festival de Chicago. Com essa sequência de vitórias, Wagner Moura se consolida como um forte candidato ao Oscar de Melhor Ator, tendo já garantido uma indicação no Gotham Awards, premiação focada no cinema independente.
“O Agente Secreto” também está na disputa por uma vaga no Oscar, sendo o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na premiação. Ambientado no Recife da década de 1970, durante a ditadura militar, a trama segue Marcelo (Wagner Moura), um homem com um passado obscuro que, ao retornar à cidade, é acolhido em uma casa de refugiados e descobre que está jurado de morte. O elenco conta ainda com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Isabél Zuaa e a estreia marcante de Tânia Maria, aos 78 anos, no papel de Sebastiana.
Críticas e Defesa das Leis de Incentivo à Cultura
Em meio à celebração do sucesso internacional, Wagner Moura aproveitou a Mostra SP, durante o lançamento de “O Agente Secreto”, para fazer um desabafo sobre o boicote às leis de incentivo à cultura no Brasil. O ator expressou sua “preguiça” de ter que reforçar a importância óbvia do investimento na área, destacando o cinema nacional.
“Eu sou fruto das leis que incentivam a cultura. Eu insisto, porque na Bahia, nos anos 1990, houve leis que possibilitaram que atores do teatro baiano, que eu, o Lázaro [Ramos], o Vladimir [Brichta], que a gente pudesse existir como artista”, afirmou Moura, ressaltando o papel da cultura na construção da identidade nacional. “Um país precisa se ver na sua cultura, precisa se olhar. Nenhum país se desenvolve sem se olhar, sem se ver”, completou o artista, que com seu novo filme leva uma imagem potente do Brasil para o mundo.
Com informações de IstoÉ










