Qualquer pessoa corre o risco de um engasgo ou outra situação que pode causar uma parada cardiorrespiratória. Nessas horas a população já sabe que pode contar com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O que pouca gente sabe é que para atender a essas emergências, os profissionais estão em constante treinamento, por meio do Núcleo de Educação Permanente do Serviço, localizado na rotatória da Suframa, zona Sul.

Ontem (8), mais uma turma do curso ‘Suporte Básico de Vida’ (SBV) foi realizada com o objetivo de atualizar os conhecimentos dos servidores, incluindo alguns do programa S.O.S Vida e Exército, em relação aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar do Ministério da Saúde (MS).

“Nossos profissionais do Samu estão em constante aprimoramento, sempre para salvar vidas de forma mais rápida e eficaz. Mesmo com o grande número de chamadas pelo 192, os servidores encontram tempo para treinamentos, porque sabem da importância de utilizar as práticas de salvamento no dia a dia”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

Em 10h de atividades, o curso de SBV consiste em uma parte teórica e oficina de simulações práticas. Ambas ministradas pela chefe do NEU, a enfermeira Leda Sobral, e pelo instrutor do Núcleo, o anestesiologista Jander Araújo. Além de rever o protocolo recomendado pelo MS para reconhecimento de uma parada e aplicações de manobras de ressuscitação cardiopulmonar, os participantes recebem orientações quanto ao uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA), que é o aparelho de choque usado em algumas situações de parada cardíaca.

Leda Sobral reforça que o curso de SBV tem que ser feito pelos profissionais a cada dois anos. “Esta periodicidade se dá em virtude da manutenção da qualidade da assistência prestada. Os protocolos, geralmente, são renovados a cada cinco anos pelo MS. É necessário relembrar os técnicos sobre as condutas corretas para obtermos o melhor resultado, nesse caso a reanimação em um menor intervalo de tempo para preservar a sobrevivência e manter a qualidade de vida”, explicou a chefe.

A técnica de enfermagem, Paola Cristina Silva, atua no SAMU desde 2009 e sempre participa de cursos de atualização oferecidos pelo NEU. “É importante porque temos novas diretrizes e estudos. Isso contribui para que a gente possa fazer um bom atendimento ao paciente, no dia a dia”, comentou Silva.

Sinais de parada cardiorrespiratória

Sobral esclarece que a perda de consciência – que pode ser identificada quando a pessoa não responde ao ser chamado – e a não expansão do tórax – quando não respira – são sinais de uma parada cardiorrespiratória. Neste caso, a primeira ação que alguém próximo deve realizar é ligar para o SAMU. Imediatamente.

Depois, enquanto aguarda o atendimento chegar, colocar as palmas das mãos (uma sobre a outra) no centro tórax do paciente e comprimir de forma profunda (5 cm), forte e contínua até a chegada da ambulância. Isso deve ser feito por dois minutos, sem interromper, de forma rápida.

Após esse tempo, reavaliar o paciente, chamando novamente. Se ainda estiver inconsciente, a manobra recomeça e, a cada dois minutos, para e observa o quadro, até que volte a respirar ou até que o SAMU chegue. Isto pode ajudar na sobrevivência do coração.

Artigo anteriorSemsa promove ação de saúde na Ponta Negra em apoio a desafio de ultramaratonista
Próximo artigoApós contestação da PGE, Justiça mantém ICMS em tarifa de energia