Dados divulgados em fevereiro pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, apontam o Brasil como o país mais ansioso de depressivo do mundo, e a situação piorou ainda mais por conta da pandemia. Ao todo 1500 brasileiros acima dos 18 anos participaram do estudo, desses, 63% relataram ansiedade e 59% sintomas de depressão.
De acordo com a nutricionista e pesquisadora, Aline Quissak, a ansiedade é complexa e pode ser influenciada por diversos fatores como: emoções, genes, hormônios, ou ainda pela combinação de alguns ou todos eles. Uma estratégia para conter os efeitos causados pela ansiedade no nosso corpo está na alimentação. “A alimentação terapêutica pode ajudar de várias formas, e evitar certos tipos de alimentos faz com que os sintomas fiquem mais controlados”, esclarece.
Evite bebidas energéticas – Para aqueles com dificuldade de atenção e concentração, estimular ainda mais a mente com bebidas energéticas ou cafeína, acaba tornando ainda mais difícil a concentração e o foco, já que esse tipo de alimento promove um estímulo desorganizado que cai na ansiedade e não na motivação.
Evite alimentos que contenham açúcar com gordura e sejam de baixa qualidade – Alimentos como chocolate com gordura hidrogenada, pasteis, produtos com corantes e conservantes. Os alimentos mencionados dão uma falsa sensação de energia quando você está se sentindo preguiçoso e desmotivado. Parece uma boa ideia, mas são pontuais e logo essa ‘energia’ se acaba. Infelizmente, ingerir esses alimentos fará com que você se senta mais preguiçoso, e reserve gordura no corpo o que inflamará seus neurotransmissores de motivação, em vez de gerar energia para ajudá-lo em sua produtividade.
Evite o consumo de bebidas alcoólicas – Assim como o açúcar, o álcool tem uma rápida absorção no corpo e promove uma falsa impressão de felicidade e energia ao nosso cérebro. Como essa energia se esgota rapidamente, seu cérebro fica pedindo mais para que você possa continuar tendo aquela sensação boa novamente. É preciso parar de dar esse estímulo ao corpo, para que ele aprenda a regular os hormônios e silenciar os genes do vício. Esta ação fornecerá a você um maior controle de suas escolhas alimentares, em vez de lutar contra “mensagens falsas” enviadas ao cérebro.
Evite comida enlatada, óleo de soja, sucos de pózinho, comidas fritas – Em altas doses, os hormônios e neurotransmissores que causam irritabilidade, impaciência e frustração tornam-se inflamatórios. A estratégia mais benéfica que você pode fazer por si mesmo é parar de comer alimentos ultra inflamatórios para minimizar os efeitos prejudiciais das doenças inflamatórias no corpo.
Ansiedade é um sentimento natural, todo ser humano sente, e ela faz bem até certo ponto. Agora, quando esse sentimento passa afetar seu dia a dia, seus relacionamentos e sua vida de maneira geral, você precisa buscar ajuda especializada. Controlar a ansiedade é uma tarefa multidisciplinar, se alimentar da maneira adequada é o primeiro passo, mas você vai precisar do auxilio psicológico.
Sobre Aline Quissak
Aline Quissak é nutricionista com especializações no Canada e Estados Unidos, pesquisadora científica em alimentos terapêuticos aplicados tanto na saúde quanto em doenças. É especialista em nutrição genética, pacientes críticos, oncologia, psicologia da nutrição e alimentação funcional. Para mais informações acesse suas redes sociais @nutri_secrets e no site http://www.alinequissak.com/combodebemcomavida