Em mais uma ação do programa “Manaus Histórica”, em homenagem aos 350 anos de Manaus, o prefeito Arthur Virgílio Neto realizou nesta quarta-feira (17) o lançamento da obra de restauro do antigo Hotel Cassina, também chamado de Cabaret Chinelo.

Patrimônio Cultural de Manaus, tendo sido incluído no Decreto da Prefeitura Municipal de Manaus em 2004, a referência mais antiga que existe sobre suas atividades é um anúncio publicado no jornal Amazonas, de 1º de setembro de 1897.

“O destino me colocou diante deste desafio, fazer ou não fazer algumas obras muito simbólicas de requalificação do centro de Manaus, com dinheiro próprio da prefeitura e entre elas, a começar por elas, a mais importante que é a restauração do Café Cassina.”, afirmou o Prefeito Arthur Neto.

Com plano para o prédio restaurado ser um polo de startups, o prefeito relembra à época em que muito dinheiro foi desperdiçado no local. “Aqui os barões da borracha desperdiçaram dinheiro e aqui, os jovens de cabeça 4.0 de Manaus vão ganhar dinheiro e vão ajudar a enriquecer a cidade.”, disse o prefeito.

 

A obra realizada pela empresa vencedora da licitação, construtora Biapó, anteriormente integrava o PAC Cidades Históricas do governo federal, mas por conta dos atrasos no repasse de recursos, teve o projeto assumido pela Prefeitura de Manaus.

Também aprovada junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a obra de restauro prevê a conservação das fachadas e da exuberância da vegetação na parte inferior, além da inserção de uma estrutura central e independente.

Hotel Cassina, Pensão Cassina e Cabaret Chinelo

Com arquitetura eclética e detalhes da influência de vários estilos arquitetônicos, no início do século XX recebeu visitas de comerciantes, atores teatrais famosos, políticos, seringalistas e coronéis de barrancos que estavam de passagem por Manaus.

Atendendo às classes mais privilegiadas, foi considerado um hotel de primeira classe da capital. Já na década de 20, devido o novo ciclo a história da capital amazonense, com estagnação social e econômica, o proprietário vendeu o hotel para uma firma chamada Fernandes e Cia. Tempos, depois virou uma pensão e mais tarde um cabaré.

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