A primeira vez que assumiu a Prefeitura de Santa Isabel do Rio Negro, em 13 de março de 2015, Araildo do Nascimento (PTB) o “Careca”, comprou da Comercial São Francisco – R. M. Naveca, mais de R$ 500 mil de medicamentos, de propriedade de Robert Moreira Naveca, denunciado em 2013, pelo promotor de Justiça André Lavareda Fonseca, de Envira, por crime de improbidade administrativa. Pior que isso é que de acordo com denúncia encaminhada ao Fato Amazônico, a medicação que deveria ter sido entregue no município do Alto Rio Negro, não apareceu e a população passou cerca de seis meses sem poder contar com a medicação unicamente por questões políticas, porque Careca voltou a perder a administração para Mariolino Siqueira e resolveu não entregar ao adversário a compra feita com dinheiro do município, ou seja, do erário público aq sem empregado em favor da população.
“Não entreguei por questões políticas. Não ia entregar a meu adversário a compra”, disse o prefeito Careca, que voltou ao cargo esse mês, por telefone ao Fato Amazônico, afirmando que agora que voltou a assumir a Prefeitura de Santa Isabel, parte da medicação já foi entregue pela Naveca.
Careca assumiu a prefeitura em março do ano passado, onde permeneceu apenas por três meses na administração, e em junho do mesmo anos perdeu a cadeira mais uma vez para Mariolino Siqueira (PDT), que com uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral, conseguiu voltar ao cargo três meses depois de cassado pelo TRE-Am.
A compra dos mais de R$ 500 mil de medicação, de acordo com a denúncia encaminhada ao site, somente agora com a volta de Araildo do Nascimento, a prefeitura, depois de Mariolino perder o cargo mais uma vez, começou aos poucos a ser entregue em Santa Isabel.
A medicação teria permanecido por meses em Manaus e somente agora, cerca de seis meses depois da compra, começa a chegar a Santa Isabel, mas muito pouco de chegar perto da compra de maisde R$ 500 mil.
Mas, o pior do que a medicação não ter sido ainda entregue no município, são as atividades da empresa Naveca, que tem o nome fantasia de Comercial São Francisco, localizada na Rua Ângelo Betencourt, no bairro do Planalto, na Zona Centro-Oeste de Manaus, que vão desde atacadistas de produtos alimentícios até a venda de água mineral.
Outro fator que também chama a atenção para empresa que vendeu mais de R$ 500 mil de medicação, é o local onde ela está localizada em Manaus, em um simples ponto comercial na Rua Ângelo Betencourt, com toldo quebrado e portas de rolar de ferro, coisa bem simples para quem fez uma imensa venda para uma prefeitura.
A Naveca, faz de tudo um pouco, além de venda de gêneros alimentícios e água, faz serviços de locação de automóveis, terraplanagem, constrói edifícios, é atacadistas de produtos médicos e ortopédicos, atacadista de medicamentos e drogas de uso humano e veterinário, vende bombons e chocolates, biscoitos e muito mais.
Careca assume que não entregou medicação
O prefeito de Santa Isabel do Rio Negro, Araildo do Nascimento o Careca, assumiu por telefone ao Fato Amazônico que realmente comprou medicação da Comercial São Francisco – R. M. Naveca, e como saiu do cargo resolveu por questões políticas não entregar a compra.
“Devolvi a empresa e lá a prefeitura ficou com um crédito”, disse Careca, afirmando que não iria entregar a medicação a seu principal adversário político Mariolino Siqueira de Oliveira (PDT), que estava reassumindo a prefeitura de Santa Isabel do Rio Negro. Contudo, o atual prefeito esquece que a medicação é do povo e não de adversários políticos.
O prefeito Careca disse, que comunicou sua decisão de não entregar a medicação comprada para a Prefeitura de Santa Isabel, ao promotor de Justiça, Alessandro Samartin de Gouveia.
Mas, por telefone, o representante do Ministério Público Alessandro Samartin de Gouveia, disse ao Fato Amazônico, que não recebeu nenhum comunicado de Arailton do Nascimento, a respeito de que não iria entregar a medicação comprada.
“Dias antes dele sair do cargo comentou algo a respeito, mas nada oficial”, disse o promotor, afirmando ainda, que assim que Mariolino Siqueira voltou a prefeitura deveria ter procurador a promotoria para comunicar oficialmente que a medicação teria sido comprada pela prefeitura, mas não tinha sido entregue. “Assim que for comunicado oficialmente com certeza o MP irá agir”, garantiu.
