O prefeito de Rio Preto da Eva, Luiz Ricardo Chagas, foi denunciado à polícia e ao Ministério Público, da Comarca do Município de ter se apropriado de parte dos salários dos funcionários. Além de atrasar em dois meses o pagamento dos servidores (o prefeito não pagou o salário dezembro e nem de janeiro), Ricardo descontou, durante o ano de 2014, quantias de empréstimos consignados feitos pelos funcionários na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil e não fez o repasse dos valores às agências bancárias. E o que é pior, como o prefeito fez o desconto em folha e não repassou aos bancos, agora o Banco do Brasil que estão cobrando diretamente dos funcionários, além de incluir o nome deles no Serviço de Proteção ao Crédito (Serasa).

A denúncia pelo crime de Apropriação Indébita contra o prefeito foi formalizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Rio Preto da Eva, com registro de boletim de Ocorrência na Delegaria de Polícia e no Ministério Público Estadual. “Até o mês de outubro de 2014 constava em aberto, de acordo com os extratos bancários de servidores os empréstimos consignados da Caixa Econômica, referente há 12 meses em atraso, que não foram repassados e do Banco do Brasil, encerrado agosto, mas que a Prefeitura continuou descontando em folha”, afirmou Fernandez Silva, presidente da entidade. O Sindicato dispõe de extratos bancários e de outros documentos que comprovam o crime.

O prefeito Dr. Ricardo Chagas, descontou dinheiro dos funcionários, mas não repassou aos bancos

O Sindicato dos Servidores Públicos já tentou negociar por diversas vezes com o prefeito, mas não obteve êxito, poque ele não cumpre os acordos firmados. “A única informação que nós recebemos é que não há previsão de ressarcimentos dos salários descontados “, completou Fernandez. A Prefeitura de Rio Preto da Eva possui aproximadamente 1.340 funcionários.

O desconto mensal feito nos contra-cheques dos funcionários que tinham empréstimo em folha na Caixa Econômica era de aproximmadamente R$ 300 mil mensais, que totalizam durente o período o valor de R$ 3,6 milhões. Já no Banco do Brasil o prefeito se apropriava de quase 130 mil mensais, que na soma total fecha a conta em R$ 1,3 milhões, e mesmo tendo encerrado o contrato ele ainda continuou a descontar, mesmo tendo sido notificado pelo Banco Brasil, o que atinge uma média de R$ 520 mil reais, ou seja, aproximadamente meio milhão de reais, e a soma de todos esses descontos do período ultrapassam o valor de R$ 5 milhões, enquanto servidores continuam sendo cobrados e com os nomes negativados. Além de roubar, parte do salário de seus próprios funcionários, o prefeito não pagou os vencimentos relativos a dezembro de 2014 e nem o 13º. salário, deixando os servidores sem Natal e Ano Novo. O mês de janeiro também não foi pago e fevereiro não há previsão nenhuma de ser efetuado, pagando alguns funcionáiros de forma aleatória.

Ricardo Chagas, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em agosto, do ano passado, no Ministério Público, se comprometendo em quitar os pagamentos dos funcionários. “Porém, como meio de burlar o acordo com o promotore e sindicato ele pagou em parte alguns funcionários e passou a atrasar e não cumpriu o restante do acordo e em dezembro alguns funcionários receberam, em janeiro mais alguns outros e a grande maioria não recebeu nada. Os temporários, por exemplo, estes é que não recebem mesmo”, disse o diretor do Sindicato, Evangelo Navegante.

“Muitos funcionários estão sendo despejados de suas casas, porque não recebem os salários e os bancos estão cobrando o pagamento dos empréstimos. E o pior que não há previsão de pagamento dos descontos e nem de salários”, acrescenta o diretor do sindicato.

A reportagem tentou falar com o prefeito Ricardo Chagas em seus telefones celulares, mas, por diversas vezes, ele não atendeu as ligações. Também telefonamos para o procurador Jurídico da Prefeitura, André de Oliveira, que também não atendeu as chamadas. A assessoria do prefeito também foi informada do assunto, mas não retornou as ligações.

Fonte DeAmazonia

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