O prefeito de Humaitá, Herivâneo Seixas, é um cara extremamente excêntrico. Gosta dos holofotes incandescentes. Não importa que as pupilas dos delicados olhos reclamem. Não.
O que importa é estar em evidência, como no dia 27 de março do ano passado ao conclamar a população da cidade a por fogo nos prédios do Ibama. Herivâneo foi preso pela Polícia Federal e durante dias ganhou os holofotes da grande imprensa.
Depois da episódica guarda de toneladas de produtos destinados às vítimas da enchente do Madeira, deliberadamente guardadas na semana passada como joia preciosa na boa e confortável casa do prefeito, Herivâneo Seixas, que se autoproclamou “Prefeito do Pé Quente”, está de volta com mais uma excentricidade administrativa.
De acordo com denúncia da Associação Transparência de Humaitá o Ministério Público e à Câmara Municipal, o burgomestre usou de 2017 a 2019, a modesta quantidade de 554 mil litros de gasolina, destes uma Kombi da Secretaria de Educação consumiu em 2017 mais de 290 mil litros de gasolina. A Kombi, que até ate maio de 2018 era usada para transportar periodicamente os produtos da merenda escolar para 12 escolas.
Exagero? Nada disso. É a mais pura verdade. Em dois anos e três meses, a prefeitura de Humaitá consumiu, torrou, queimou, ou seja lá o que for, 554 mil litros de gasolina.
Não é muita gasolina para um único veículo? Muito até demais. Uma gulodice, em outras palavras.
Em um ano e cinco meses em atividade “ininterrupta”, a tal kombi – leiloada em junho de 2018 – consumiu tanta gasolina que adoeceu empanzinada.
De acordo com os documentos (veja abaixo) entregues no Ministério Público e na Câmara Municipal pelo presidente da Associação Transparência de Humaitá, Emerson Auler, a Kombi gulosa do prefeito Herivâneo consumiu 292.200 litros em 2017 litros; 194.000 litros em 2018 e 68.000 litros em 2019.
Detalhe: a Câmara Municipal não deu um único pio sobre a denúncia.
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