Um fogão foi colocado sobre um bueiro que teve a tampa roubada em uma avenida no Rio de Janeiro. De acordo com pessoas que trabalham na região, o eletrodoméstico foi posto no local na madrugada desta quarta-feira (11). As informações são de Extra.
“Faz três dias que roubaram a tampa do bueiro. Antes, o buraco estava sinalizado com galhos e pedaços de móveis. Hoje, cheguei aqui por volta das 7h e já encontrei o fogão no local.”, afirmou Gleison Luiz, recepcionista do Voa Real Hotel, quase em frente ao bueiro.
Fotos feitas na via nesta manhã mostram a cena inusitada. Em meio ao trânsito pesado, o fogão marca uma espécie de separação entre as duas fileiras de veículos que circulam na pista. Num dos flagrantes registrados, um motociclista se espreme entre um carro e o fogão para poder seguir adiante.
“As pessoas vinham reclamando bastante do buraco, mas não sei quem colocou o fogão ali. Como essa é uma rua que engarrafa com frequência, o buraco atrapalha muito, mas não soube de acidentes até o momento. Acho o fogão uma forma engraçada de chamar a atenção para o problema, que eu espero que seja resolvido logo”, disse Mariana Lima, recepcionista de uma clínica hospitalar, que também fica na região.
No Twitter, o humorista Marcelo Adnet fez uma alusão ao episódio recente de censura na Bienal do Livro protagonizado pela prefeitura para comentar a situação. “Beijo gay nesse buraco urgente!”, escreveu ele.
Procurada, a Secretaria Municipal de Conservação informou no começo da manhã que enviaria uma equipe ao local para resolver o problema. Por volta de 11h30, o fogão já havia sido retirado e funcionários do órgão faziam reparos na região do buraco.

Dados obtidos em janeiro por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que a Operação Tapa-Buracos em 2017 e 2018, os dois primeiros da gestão do prefeito Marcelo Crivella, foi reduzida quase à metade em comparação com os dois anos anteriores. Foram cerca de 120 mil ações no período contra mais de 240 mil em 2015 e 2016. Já o número de reclamações relacionadas ao problema recebidas pela central de atendimento 1746 subiu de cerca de 16 mil em 2015 para mais de 48 mil em 2018.