A morte da menina Agatha Félix, de 8 anos, baleada no Complexo do Alemão na sexta-feira (20/09/2019), levou moradores às ruas da comunidade. O ato, que começou na manhã deste sábado (21/09/2019), era em protesto contra a violência no Rio de Janeiro. Agatha é a sexta criança morta durante supostos confrontos entre policiais e traficantes na capital carioca. As informações são do jornal O DIA.

A manifestação aconteceu na região da Grota, uma das comunidades do Alemão . Em marcha, moradores levantaram cartazes e pediam paz. “Parem de nos matar”, estava escrito em uma das cartolinas, feitas de improviso. Um megafone também foi utilizado. “Eu quero dizer para esses policiais, que estão ao alcance da nossa voz: pense nos filhos de vocês também, antes de fazer uma covardia dessas. Vocês também têm família, têm mãe, têm filho. Não houve troca de tiros, não. Por favor, respeitem o nosso direito de ir e vir. Aqui é uma comunidade em que moram pessoas de bem. Por favor”, suplicou uma moradora.

Agatha estava com os avós na kombi da família quando foi baleada nas costas. A menina chegou a ser socorrida, foi levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha – comunidade próxima do Alemão – mas não resistiu ao ferimento.

Testemunhas dizem que o tiro partiu da arma de um policial militar, da UPP Fazendinha. A corporação diz que o objetivo era atingir um motociclista considerado suspeito na hora do disparo.

O protesto ganhou corpo quando moradores de outras comunidades se dirigiram à Grota e se juntaram aos familiares e amigos de Agatha. A maior crítica era ao modelo de gestão aplicado pelo atual governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que figurou os Trend Topics do Twitter neste sábado (21/09/2019) com os dizeres #ACulpaÉdoWitzel. “A grande responsabilidade pela morte da Agatha é do governador, que ajudou o policial a atirar e tirar a vida dessa criança inocente”, afirmou um morador.

Nas publicações, internautas questionam o governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sobre uma possível participação da Polícia Militar na ação. (Metrópoles)

 

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