As práticas sexuais alternativas sempre despertam a curiosidade das pessoas. Em uma onda recente, a internet começou a se perguntar se fazer sexo oral chupando halls poderia causar candidíase na parceira – pessoa que estaria recebendo a carícia. A resposta é sim.

Quem explica é a professora da Faculdade de Medicina da USP, Iara Linhares: “Especificamente sobre o halls não há nada na literatura médica que o associe à candidíase mas, sobre o sexo oral, há sim”. De acordo com ela, três fatores presentes na prática podem alterar o equilíbrio da vagina e favorecer a infecção conhecida como candidíase. São eles:

1) muitas pessoas têm o fungo Candida albicans na boca: se for o caso do parceiro (a) que está fazendo o sexo oral, ele pode desequilibrar a flora vaginal de quem está recebendo;
2) a própria mecânica do ato pode irritar a mucosa vaginal e, em consequência, alterar o equilíbrio imunológico local;
3) as enzimas presentes na boca também podem levar a reações na vulva da parceira.

A professora Iara Linhares, que também é integrante da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), relata que um estudo recente feito na Suécia com 200 adolescentes mostrou que a prática de sexo oral regular estava entre as variáveis mais preponderantes entre o grupo que apresentava candidíase com frequência.

“Os pesquisadores questionaram sobre vários hábitos como depilação, uso de absorventes internos e de contraceptivos, e o que apareceu com maior associação foi o sexo oral”, afirma a especialista.

A médica também alerta para o uso de qualquer outra coisa na região íntima feminina: “Tudo que irrita a vulva da mulher pode provocar candidíase”. Para os que não pretendem abandonar a prática, a médica sugere proteção adequada: “Há plásticos finos que podem ser usados para isso”. Fonte: Metrópoles Saúde

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