O Deputado Federal Sidney Leite (PSD) enviou para o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) uma carta pedindo apoio quanto às ações de combate ao coronavírus.
Na carta, o parlamentar enfatiza que sempre houve uma relação profunda de dependência entre a Zona Franca de Manaus (ZFM) e a população manauara, o que é bom para ambos. Também cita o faturamento de R$ 100 bilhões em 2019, obtido pelas empresas, responsável pela geração de cerca de 500 mil empregos de maneira direta e indireta.
Segundo Sidney Leite, é importante que as empresas entendam a importância de colaborar com o estado, não apenas financeiramente, mas também com a doação de equipamentos como ventiladores, respiradores, máscaras e luvas, que precisam chegar urgentemente às equipes que estão na linha de frente do combate à covid-19, e que tanto Cieam quanto Fieam podem ajudar nessa ponte.
“Esse é um apelo que faço as empresas que tanto defendemos, para que socorram a nossa cidade que já se encontra em situação de calamidade completa. Essas multinacionais, que são amplamente beneficiadas pela Zona Franca e sempre defendidas pelo povo do Amazonas e seus representantes, tem um alcance global e capacidade de auxiliar nossa região com esses equipamentos” afirmou o deputado.
Sidney Leite finaliza a carta, enfatizando que o que o que é bom para o povo, é bom para as empresas, e que é cuidando das pessoas que tudo voltará a normalidade, com mais brevidade possível, para que o foco seja novamente a produção e o desenvolvimento do Estado.
Confira a carta na íntegra
Ao Sr. Antônio Carlos da Silva
Diretor da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
Ao Sr. Wilson Périco Presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas
Os últimos dias e semanas têm sido momentos sombrios para a história do Brasil, do Amazonas e de Manaus. Nosso estado e nossa capital já se encontram em situação de calamidade completa. Sequer há espaço, ou tempo para enterrar dignamente as vítimas da pandemia do coronavírus. E não há sinais de que a crise vá melhorar no curto prazo. Horas como essas requerem solidariedade e união.
Desde sempre o Amazonas e seu povo desenvolveram uma relação profunda e de dependência mútua com a Zona Franca de Manaus. O que é bom para as pessoas do Amazonas é bom para as empresas da Zona Franca, e o que é bom para as empresas também beneficia as pessoas. O mesmo funciona no sentido oposto. O que é ruim para as pessoas é ruim para as empresas e o que é ruim para as empresas é também ruim para as pessoas.
A Zona Franca afinal gera cerca de 500 mil empregos de maneira direta e indireta. E é também o coração da economia de toda a região Norte do Brasil. Com a Zona Franca as empresas conseguiram, apenas em 2019, uma receita na casa dos R$ 100 bilhões. O Polo Industrial de Manaus é um centro de produção e inovação essencial para as empresas e para o povo amazonense.
Como já está claro, a pandemia tem efeitos sanitários, econômicos e sociais. E o Amazonas é o estado mais afetado pelo coronavírus em todo o Brasil. A crise está afetando as pessoas, as famílias e as empresas. Parte da solução para o problema passa por união e cooperação. Estamos empenhados em vencer o vírus e tentar voltar a alguma normalidade em nossas vidas.
Mas o estado do Amazonas e sua população precisa de ajuda. E ajuda não quer dizer dinheiro. Já chegamos a uma fase da crise em que apenas dinheiro não é a solução. O que precisamos é de equipamentos. Precisamos de ventiladores, respiradores, máscaras e luvas. É Necessário fazer com que estes equipamentos cheguem às equipes que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.
Precisamos que as grandes empresas, como Coca-Cola, Microsoft, Samsung, Sony e tantas outras multinacionais que são amplamente beneficiadas pela Zona Franca e sempre defendidas pelo povo do Amazonas e seus representantes nos ajudem. Empresas como estas possuem um alcance global e capacidade de auxiliar uma região e um povo que sempre as ajudaram.
Novamente, o que é bom para o povo amazonense é bom também para as empresas que fazem parte da Zona Franca de Manaus. Equipamentos médicos adequados são vitais para vencermos o vírus. Quanto antes sairmos da crise atual, mais cedo voltaremos a alguma normalidade. É cuidando das pessoas que poderemos voltar a focar na produção, desenvolvimento e inovação.
