A polícia de Hong Kong usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes neste domingo (24). Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a proposta do governo chinês de mudança nas leis de segurança nacional para o território autônomo. As informações são de Reuters.
O ato, que se concentrou no distrito comercial de Causeway Bay, foi o maior desde que começaram a valer as medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19.
Pela proposta discutida na reunião anual do Congresso Nacional do Povo na quinta (21), o poder central de Pequim poderá usar a força contra atividades consideradas separatistas, terroristas ou de influência estrangeira no território.
O plano chinês, considerado uma forma de aumentar o controle sobre Hong Kong, foi recebido com temor por ativistas pró-democracia, com duras críticas nos Estados Unidos e com pessimismo no mercado financeiro mundial.
A repercussão se intensificou no sábado (23) após cerca de 200 líderes políticos de todo o mundo assinarem uma declaração na qual afirmam que as mudanças são um “grande ataque à autonomia do território, ao estado de direito e às liberdades fundamentais”.
A China respondeu dizendo que o texto era uma “intromissão” e rejeitou que as propostas possam prejudicar investidores estrangeiros.
Hong Kong, que deixou de ser colônia britânica e voltou ao controle da China em 1997, é palco de atos anti-Pequim e pró-democracia desde o ano passado.