“Você sabe quanto eu ganho líquido por mês? Não vou reclamar do meu salário, deixar bem claro. Tudo e tirando o desconto obrigatório, até o mês passado? R$ 23 mil, não estou reclamando não viu, fica tranquilo aí, isso é missão”, disse o chefe do Executivo.
Bolsonaro, hoje, recebe R$ 30,9 mil pela função de presidente e tem mais R$ 10,7 mil em outros benefícios, mas é feito um corte de R$ 2.300 para o teto salarial ser obedecido.
Em sua fala, Bolsonaro fala que recebia o valor “até o mês passado”, isso porque uma portaria publicada em maio pelo Ministério da Economia elevou o salário do presidente.
Além de Bolsonaro, foram beneficiados com a mudança, o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), e ministros como Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Braga Netto (Defesa), além de e um grupo restrito de cerca de mil servidores federais.
Com a nova norma, a remuneração bruta do presidente deve passar de R$ 39,3 mil para R$ 41,6 mil, uma alta de 6%.
As mudanças permitiram que as autoridades recebam acima do teto constitucional, atualmente em R$ 39,2 mil. O impacto fiscal da medida pode variar, mas é estimado pelo governo em aproximadamente R$ 66 milhões ao ano.
Impacto
Segundo o Ministério da Economia, a medida foi tomada após um entendimento da Advocacia-Geral da União (AGU) de dezembro de 2020, e terá impacto de R$ 181,32 milhões já neste ano.
O teto constitucional é um limite previsto na Constituição que estipula que as remunerações recebidas pelos servidores deverão ser, no máximo, equivalentes ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 39,2 mil.