Foi convertida em preventiva na quinta-feira (30) a prisão de Josyel Aparecido Lemos da Silva, o “Corumbazinho”, de 24 anos, que foi pego em flagrante, na terça-feira (28), no bairro Universitário, em Campo Grande. A prisão dele com pasta-base de cocaína aconteceu durante o cumprimento de outra ordem de captura em seu nome, por envolvimento num “tribunal do crime”, em que a vítima foi assassinada e o corpo desovado em terreno do bairro Santo Eugênio, em Campo Grande.

O homem assassinado, Jhon Wellington, apelidado de “Jhony Bala”, de 27 anos, ficou desaparecido de maio de 2020 até julho deste ano, quanto duas ossadas foram achadas à margem do córrego Bálsamo.

A investigação policial confirmou a identificação e levantou a suspeita de que ele tenha sido alvo de um justiçamento ordenado por facção criminosa. A outra ossada achada no “cemitério clandestino” ainda está em processo de perícia para identificação.

Tribunal do crim

O motivo do assassinato de “Jhony Bala” teria sido vingança da parte de “Corumbazinho” ao fato de a vítima ter se relacionado com Vanessa Leandro Pereira de Lima, de 23 anos, quando ela era esposa do suspeito. Vanessa também foi presa, nesta quarta-feira (29), por envolvimento no assassinato.

Em relação ao inquérito sobre o homicídio, “Corumbazinho” e Vanessa estão com prisão provisória por 30 dias decretada pela Justiça, a pedido do responsável pelo inquérito, Carlos Delano, delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH).

Reincidente

Quanto ao crime de tráfico de drogas, foi constatado quando policiais cumpriam a ordem de prisão contra “Corumbazinho”, na casa onde ele mora no Bairro Universitário. Em poder dele, foi encontrada porção de pasta-base de cocaína.

“Corumbazinho” vai ser levado para um presídio estadual. Ao decretar a preventiva, foi anotado pelo juiz Alexandre Antunes, o histórico criminal do suspeito.

“Possui maus antecedentes, pois já cumpriu pena pelos crimes de formação de quadrilha ou bando e também por lesão corpora, sendo inclusive reincidente específico, pois já foi condenado pelo crime de tráfico de drogas em 2018 na 2ª Vara Criminal, cuja pena já está extinta”, escreve o magistrado.

Além disso, responde por violência doméstica, por crimes do sistema nacional de armas, e por homicídio qualificado na 2ª Vara do Tribunal do Júri. “Corumbazinho” já respondeu processo por assassinato, do qual acabou sendo inocentado.

Durante o interrogatório na DEH, ele adotou o silêncio sobre as acusações que pesam contra ele.

Bebê de 40 dias

Na casa da atual mulher do suspeito, de 19 anos, os policiais acharam mais droga na terça-feira, dessa vez cocaína, além de uma balança de precisão. Ela também foi presa.

Na audiência de custódia, hoje cedo, o juiz Alexandre Antunes decidiu aplicar à jovem a liberdade vigiada, por meio de tornozeleira eletrônica, por 180 dias, além de impor a proibição de sair de casa à noite.

A mulher tem um bebê de 40 dias e está amamentando. O neném é filho de “Corumbazinho”. Com informações de G1.

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