Na partida entre São Paulo-RS e Guarani, pela segunda divisão gaúcha, o meia William Ribeiro não se conformou com uma falta apontada pelo árbitro Rodrigo Crivellaro e, quando foi advertido, o agrediu com socos e empurrões. Já caído no chão, Crivellaro ainda levou um chute na nuca e ficou desacordado. Ele foi imediatamente conduzido para o hospital de Venâncio Aires, onde recebeu alta na manhã desta terça com proteção cervical.

A atitude do atleta agressor rendeu uma prisão em flagrante e a possibilidade de condenação por homicídio qualificado, quando se tem a intenção de matar. Nascido em Pelotas, no Rio Grande do Sul, William Ribeiro atuou por diversos clubes do Estado e chegou a fazer parte das categorias de base do Internacional. O início no profissional veio pelo Brasil de Pelotas. Em 2018, o jogador foi contratado pelo Noroeste para a disputa da Série A3 do Campeonato Paulista.

Aos 30 anos, William Ribeiro estava em sua terceira passagem pelo São Paulo-RS, mas o clube do Rio Grande do Sul rescindiu imediatamente o contrato do jogador e condenou a agressão ao árbitro nas redes sociais. Seu histórico em relação a casos de violência vem de longa data.

Há sete anos, quando ainda integrava o elenco do Guarani de Venâncio Aires, William deu um soco em um atleta do Pelotas e foi expulso. Em 2021, o meia, que também atua como atacante, agrediu um torcedor na partida contra a Lajeadense. Detalhe que o jogador nem havia sido relacionado para aquele confronto.

Após a agressão desta segunda-feira, mostrada pela TV e nas redes socias e causando muito indignação, a partida foi suspensa, sem previsão de retorno. O atleta foi detido pela Polícia Militar em flagrante e prestou depoimento na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), onde também passou por exames de corpo de delito. Ele foi algemado. Na sequência, William foi transferido para a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires, onde ficará até a Justiça definir se libera ou não o atletas antes do julgamento. Se for condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Nem seus colegas de clube saíram em sua defesa. (Estadão)

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