A Câmara dos Deputados do Chile aprovou, nesta terça-feira (9/11), a abertura de processo de impeachment contra o presidente Sebastián Piñera. O principal motivo da investigação contra o mandatário chileno é o vínculo dele com a empresa mineradora Dominga, alocada em um paraíso fiscal, nas Ilhas Virgens.

A revelação da ligação do presidente com a empresa foi feita pela série de reportagens colaborativas de vários veículos de imprensa do mundo todo, o Pandora Papers. Segundo a imprensa, a América Latina tem três presidentes e 11 ex-presidentes com offshores em paraísos fiscais.

No caso chileno, o processo de impeachment precisa de maioria simples para ser aprovado na Câmara dos Deputados e de dois terços dos votos dos senadores chilenos. Votaram a favor da abertura 78 parlamentares e 68 contra, além de três abstenções.

A votação durou cerca de 15 horas e contou com um discurso de mais de 1,3 mil páginas do deputado Jaime Naranjo (PS), que defendeu processo contra o presidente.

Caso o impeachment de Piñera seja aprovado também no Senado, o chefe do Chile deverá ficar afastado das funções políticas por cinco anos. (Metrópoles)

 

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