O vereador Carlos Bolsonaro passou a última semana enviando diariamente ao pai, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), relatórios da repercussão negativa na base em relação ao anúncio de filiação à legenda dirigida por Valdemar Costa Neto, presidente do PL. As informações levaram Bolsonaro a suspender o evento de sua filiação ao PL.

Assim que o ato de filiação foi marcado, Carluxo passou a monitorar a reação da base política da família nas redes e repassou a Bolsonaro as críticas devido à condenação de Valdemar Costa Neto no processo do mensalão e sua antiga proximidade com o PT, entre outras críticas.

Após a confusão da última madrugada, nenhum deles se arrisca agora a garantir que essa filiação de Bolsonaro e seu grupo no PL realmente vá acontecer. Ao mesmo tempo, uma mudança brusca nesse anúncio pode realmente tirar o PL da base de apoio do presidente em breve e rachar a bancada, de acordo com informações da coluna de Juliana Dal Piva no UOL.

O Antagonista

De acordo com o site O Antagonista, os xingamentos se deram pois Valdemar Costa Neto teria dito a Bolsonaro que “você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu”. Isso porque o presidente desejaria emplacar, como condição de se filiar ao partido, seu filho Eduardo Bolsonaro como chefe do diretório estadual da sigla em São Paulo, que deve apoiar Rodrigo Garcia (PSDB), candidato de João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro, na corrida pelo governo paulista.

Bolsonaro, então, teria respondido a Costa Neto com um “VTNC”, ao que o cacique do PL teria respondido: “VTNC você e seus filhos”.

Casamento

“O casamento tem que ser perfeito. Se não for 100%, que seja 99%. Se até lá nós afinarmos pode ser, mas eu acho difícil essa data, 22. Tenho conversado com ele [Valdemar], estamos de comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento, para que ele não comece sendo muito igual aos outros”, afirmou Bolsonaro durante visita à Dubai Air Show.

Bolsonaro afirmou que “não vai aceitar em São Paulo o PL apoiar alguém do PSDB“, onde ainda não tem candidato, mas pretende lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

“A gente não vai aceitar em São Paulo o PL apoiar alguém do PSDB. Não tenho candidato em São Paulo ainda, talvez o Tarcísio aceite esse desafio. Seria muito bom para São Paulo e para o Brasil, mas temos muita coisa a afinar ainda”.

O presidente ainda alegou divergências programáticas com Costa Neto.

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