Com suspeitas de desvios de recursos de emendas parlamentares, três deputados federais do PL, partido de Valdemar Costa Neto e do presidente Jair Bolsonaro, são alvos de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (11). Dentre o cumprimento da ordem, a Polícia Federal esteve em endereços ligados ao deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), flagrado com uma caixa de dinheiro.
Também estão na mira da PF os deputados Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gildenemir (PL-MA). A suspeita é que eles usariam um esquema de desvios articulado por Maranhãozinho, envolvendo empresas de fachada e dinheiro vivo. A operação é um desdobramento da investigação batizada de Ágio Final, deflagrada em dezembro de 2020.
De acordo com as investigações, os suspeitos usariam um esquema de desvios articulado por Maranhãozinho, envolvendo empresas de fachada e dinheiro vivo. As buscas estão sendo realizadas nas residências dos parlamentares e em escritórios políticos nos estados, mas não ocorrem nos gabinetes na Câmara dos Deputados.
A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. A PF havia solicitado buscas nos gabinetes dos parlamentares na Câmara dos Deputados, mas o ministro indeferiu esse pedido.
“O ministro Ricardo Lewandowski autorizou buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados, mas indeferiu diligências em gabinetes de parlamentares. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu e o plenário do STF manteve a decisão em sessão virtual”, informou o gabinete do ministro.
Maranhãozinho já foi alvo de uma ação controlada na qual os investigadores gravaram vídeos do parlamentar manuseando caixas de dinheiro. Em dezembro, a PF concluiu o primeiro inquérito contra Maranhãozinho e apontou que ele cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso envolvendo as caixas de dinheiro.
O caso foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia ou arquiva a investigação, mas até hoje não houve uma definição.










